A vontade que os cidadãos têm de mudança impôs, no espaço de 75 dias, a reviravolta no mapa político ibérico. Portugal, em 4 de outubro, e Espanha, em 20 de dezembro, colocam a península como um laboratório de experiências políticas inovadoras para a esquerda europeia. Os espanhóis, que se mobilizar
Marine Le Pen está lançada para daqui a 16 meses ser eleita presidente da República francesa? Este cenário perturbador pelo veneno xenófobo e pelo retrocesso civilizacional populista e autoritário que representa não é o mais provável, mas pode ainda impor-se como realidade e, a ser assim, dar um saf
Catarina Martins já tem pose de ministra, já fala como ministra, por isso, só falta mesmo ser ministra do mais do que provável governo de coligação de Esquerda, uma nova troika sem um cheque de 78 mil milhões de euros, mas com a responsabilidade de não deitar fora o que foi feito no país nos últimos
Se o governo de Pedro Passos Coelho cair no Parlamento, Cavaco Silva vai ter de escolher entre um governo minoritário do PS com apoio dos partidos anti-europeus e um governo de gestão ou, no limite, de iniciativa presidencial. E, se nenhuma das opções impedirá eleições a curto prazo, a opção por um
Que governo vamos ter daqui a um mês? Quem vai ser o primeiro-ministro? Vamos ter Orçamento do Estado aprovado para entrar em vigor no dia 1 de Janeiro? Há alturas em que a imprevisibilidade reina. Este é um desses tempos. No momento em que escrevo não sei o que vai o Presidente da República fazer e
Apesar dos azedumes que andam no ar e de algumas cabeças em vendaval que levam ao excesso de mostrar rancores, o que há de estimulante no resultado das eleições de 4 de outubro é a possibilidade de abertura de um tempo político em que quem governa passe a ter em conta um leque mais aberto de opiniõe
António Costa está há duas semanas em modo de sobrevivência, põe em causa um sistema que dura há 40 anos e que permite que o partido mais votado forme governo, mesmo em minoria, e negoceia à Direita (!) e à Esquerda como se fosse tudo igual. Perante esta sucessão inaudita de eventos, se as eleições
Vamos lá recapitular: a coligação ganhou as legislativas, certo? O PS perdeu as legislativas, certo? A resposta é ‘sim’ a ambas as perguntas, portanto, tendo em conta que Passos e Portas não têm maioria absoluta, estão a negociar um entendimento com António Costa, certo? Errado, o líder do PS anda e
A minha primeira intenção era ter escrito esta crónica na terça-feira à noite. O tema do momento, incontornável, é a situação política. Depois da declaração de Cavaco Silva - mensagem: entendam-se lá todos no Parlamento menos com o PCP e o Bloco de Esquerda - importava saber qual a posição dos socia
Os portugueses saem das eleições deste 4 de outubro com um quadro político claramente menos adverso e até mais amável para os cidadãos: os políticos ficam obrigados a uma cultura de negociação como sistema de resolução das diferenças nas opções de governabilidade.
Agora que já passaram 48 horas sobre o acto criador da nova realidade política em Portugal e umas horas depois de Cavaco ter apelado ao "tempo do compromisso", há duas ou três coisas que podíamos falar entre nós, eleitores e cidadãos portugueses.
A coligação ganhou as eleições, o PS perdeu. É este o ponto de partida que precisa de ser aceite por todos – e pelos vistos nem todos o aceitam – para ser possível a formação de um governo que tem de ter no Parlamento as condições de governabilidade equiparadas àquelas que os portugueses lhe deram n
Embora mais de quarenta por cento dos portugueses não tenham dado por isso, ontem foram eleitos os deputados do décimo quarto parlamento da III República.
É taxista há quase 40 anos, e viveu a democracia quase toda agarrado ao volante de uma vida que não escolheu. É boa pessoa, acho. Não sabe onde vota. Perdeu o cartão, mesmo que já não haja, e ele não saiba que já não é preciso. Se não votar, não saberá nunca o que perdeu por isso. Se é que perdeu. N
Votar é tão século XX. O mais importante hoje é ser popular e o resgate da democracia é bem capaz de precisar de uma ajuda dos famosos. As celebridades, afinal, sabem bem quão importante é manter os fãs satisfeitos. A nossa vida é um grande concurso de talentos.
Não faço ideia se as sondagens que diariamente estão a ser publicadas estão mais ou menos certas ou redondamente erradas. Não sei - alguém sabe? - se os cerca de 20% de indecisos que aparecem nesses radares vão decidir a eleição a favor da coligação PàF ou do PS ou se, pelo contrário, vão preferir f
Quem foi jornalista, nunca deixa de ser jornalista e Paulo Portas faz jus a esta regra. Inaugurou uma nova forma de fazer política, faz perguntas, de retórica, aos eleitores, algumas delas arriscadas, sobre políticos e sobre politicas: quem preferem para gerir as finanças, Maria Luís ou Centeno? Est
Aos políticos em campanha exigimos, e bem, que sejam claros e verdadeiros, que não se escondam atrás da retórica para evitar dizer ao que vêm, que não prometam o que não podem ou não fazem questão de cumprir, que nos digam como e para que querem governar.
Há sondagens para vários gostos e preferências, e nenhuma aponta para uma maioria absoluta da coligação ou do PS nas eleições de 4 de outubro, por isso seria de esperar que, a duas semanas das legislativas, o dia seguinte fosse também objeto de discussão. Não é. Até quando o permitiremos?
Teme-se o pior nesta campanha eleitoral até ao próximo dia 4 de Outubro, e à medida que os dias correm, surgem ideias estapafúrdias e dos partidos que, necessariamente, farão parte do próximo Governo, qualquer que venha a ser o figurino. Querem um exemplo? Se os lesados do BES já faziam parte dos es