• Há mais vida para além do défice

    Fruto dos necessários entendimentos para chegar ao poder, António Costa trocou a sua "visão para a década" pelo orçamento possível para os próximos nove meses. Pouco ou nada resta dos planos iniciais dos socialistas, que eram um guião consistente, independentemente de se concordar ou não com a sua b
  • European Union made in England

    David Cameron conseguiu o acordo que queria, e que precisava de ter, com os outros líderes europeus para defender a continuação do Reino Unido na União Europeia. Graças a mais uma mão-cheia de exceções, particularmente o estatuto especial do país na zona euro e a defesa de mecanismos de supervisão b
  • Os meus ecos de Umberto

    Achei interessante ir ler, no Facebook, o que se diz de Umberto Eco. Soa-me como a vingança. O homem que abominava as redes sociais – 'deram o direito a falar a legiões de idiotas' – não escapou, na sua morte, ao escrutínio das mesmas. Mas presto-lhe vassalagem. Ele tinha razão quando disse – e se m
  • O eucalipto na floresta

    A notícia começa a ser recorrente: um jornal que decide "migrar" para o digital e deixar a versão em papel impresso, ou mesmo (como aconteceu com a revista FHM) fechar de vez e terminar um ciclo de vida. Esta semana, depois de meses de boataria, foi o britânico The Independent - e o excelente domini
  • Um Governo à medida...

    António Costa entrou em São Bento a promover uma viragem na página da austeridade, uma coisa que, como sabemos, nem chegou a ser, a página foi, no limite, virada do avesso com este orçamento e a respetiva errata. Ficou um governo à medida, à medida dos funcionários públicos, dos pensionistas e dos e
  • Vão de carrinho...

    Houve um tempo em que ter carro era coisa de rico. Reconheço a ideia em filmes dos anos 40 e 50 do século passado, e em muitos romances que recuam a essas décadas. Mas não era nascido na época em que o mundo ocidental considerava o automóvel um objecto de luxo.
  • O Orçamento de Estado é uma alheira

    Não é um trocadilho fácil – apesar de a tentação ser grande. Mas não é esse o móbil. Na tarde de ontem, quinta-feira, a Assembleia da República discutiu não um, mas quatro diplomas que visam defender a alheira. Não qualquer alheira, mas a alheira de Trás-os-Montes, cujo consumo tem sido afectado des
  • O problema do exemplo

    Tenho lido e ouvido o depoimento de muitos profissionais da hotelaria que declaram, sem qualquer espécie de vergonha na cara, que os preços não vão baixar na restauração mesmo que o IVA volte aos 13% de há uns anos. Ou seja: os mesmos que, quando o IVA subiu para os actuais 23%, fizeram recair sobre
  • Isso? Já tentámos e não resultou

    A nossa cultura de despesa, défice e dívida é tão sólida e está-nos tão entranhada que consideramos indigno que alguém nos diga para fazermos aquilo que, à partida, devia partir das nossas instituições, dos nossos governos, de uma generalizada vontade popular: não gastar mais do que se recebe.
  • O embuste da (falta de) soberania

    António Costa vai entrar na primeira semana do resto da sua vida política como primeiro-ministro, vai tentar convencer Bruxelas – e as agências de rating e os organismos nacionais – da bondade de uma estratégia económica e financeira que tem tudo para correr mal. E ao mesmo tempo recupera – ou deixa
  • Se ao menos estivesse nu

    É uma grande sorte ou um enorme azar, é o que vos digo. Vários problemas da humanidade podiam resolver-se assim num piscar de olhos. Se pelo menos as estátuas, como a pintura e outras representações artísticas, colaborassem. Há que pôr esta gente na ordem. Mas vamos por partes.
  • A propósito de eleições

    Sempre que há eleições, lembro-me de um episódio caricato que vivi há duas ou três vidas - e que me ajuda a relativizar a vida, as pessoas, a política. Ao ver a reportagem da SIC, com Marcelo Rebelo de Sousa, na passada segunda-feira, primeiro dia do candidato eleito, essa historieta voltou a sentar
  • Oh não! Outra vez o filme do “manguito”

    O Governo tem que convencer os analistas com números realistas e não com insinuações de incompetência. É que os incompetentes das agências de rating têm um poder muito superior aos dos gabinetes ministeriais, porque os primeiros é que decidem a que taxas de juro é que os segundos conseguem financiar
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