Na sua segunda edição, o Altice International Innovation Award regressa "para a promoção da inovação e do talento tecnológicos", refere a Altice Portugal, e o seu âmbito abrange três eixos fundamentais: "Telecom, Media & Content e Data & Advertising, e está vocacionado para startups e a academia".

Das 82 candidaturas a concurso, seis projetos de startups e três de âmbito académico foram selecionados para a fase final. Os vencedores dos Altice Innovation Awards conhecem-se amanhã, numa cerimónia a decorrer no Capitólio, em Lisboa. Antes, os finalistas terão de fazer um pitch (uma apresentação) perante o júri para "vender" a sua ideia e convencer o painel porque é que merecem ganhar.

Em concurso, na categoria de startups, podemos encontrar uma app onde um jogo incentiva à descoberta da cidade, uma solução de carregamento de veículos elétricos, uma outra para formação em tempo real a condutores de pesados, passando pela transmissão de áudio de qualquer fonte ao vivo ou gravada diretamente para o smartphone, um software de sincronização de altifalantes e auscultadores Bluetooth ou, ainda, a capacidade de transmitir vídeo HD através também do smartphone.

Já no caso dos projetos académicos há entre os finalistas um sistema que permite aos cidadãos proceder à venda democrática de energia elétrica, um plano de reorganização de redes de energia para melhor acomodar as fontes renováveis e uma iniciativa de dotar satélites de comunicação de chips mais eficientes para alargar o acesso à Internet a toda a população mundial.

Os incentivos para ganhar este concurso são vários: na disputa entre as startups, para além de arrecadar um prémio de 50 mil euros, o vencedor terá a possibilidade de iniciar uma prova de conceito com o Grupo Altice durante um período mínimo de seis meses, extensível até um ano. Na categoria Academia, quem ganhar recebe uma recompensa no valor de 25 mil euros. Existe ainda outro prémio a atribuir, mas só para os finalistas portugueses de ambas as categorias. A Agência Nacional de Inovação, em parceria com a Altice Labs, volta a distinguir um dos concorrentes com o Born from Knowledge Award. Seguindo critérios como a base científica do projeto, o seu nível de inovação e o impacto social previsto, o vencedor receberá um prémio de 5000 euros e uma obra artística.

O Grande Júri, presidido por Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, é composto por várias personalidades ligadas ao setor empresarial, à inovação tecnologia e à academia. Segue a lista completa:

  • Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal;
  • Alcino Lavrador, Diretor da Altice Labs;
  • António Bob Santos, Administrador da Agência Nacional de Inovação (ANI);
  • Céline Abecassis-Moedas, Professora Associada nas áreas de Estratégia e Inovação e Diretora Académica do Centro de Inovação Tecnológica & Empreendedorismo da Universidade Católica Portuguesa;
  • François Vauthier, CFO da Altice France
  • Mirna Eusebio, SVP Product Management & Marketing da Altice USA
  • Paulo Jorge Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro;
  • Pedro Oliveira, Diretor da revista Exame Informática;
  • Simon Schaefer, Presidente da Startup Portugal;
  • Xavier Darche, Senior VP Engineering of Altice;

Na edição de 2017, os vencedores foram o projeto Neuropsycad na categoria academia e o QStamp® na secção startups. O primeiro, apresentado por Ricardo Maximiano, é um sistema assente em tecnologias de computação para providenciar um suporte ao diagnóstico de doenças neuropsiquiátricas ao comparar estatisticamente uma imagem biomédica do paciente com uma base de dados; já o segundo esteve a cargo da Mater Dynamics, sendo uma tecnologia que permite criar etiquetas inteligentes que usam processos químicos para identificar alterações em determinados parâmetros, como, por exemplo, a avaliação de bens alimentares a partir do controlo da humidade e da temperatura.

Segundo Alexandre Fonseca, a aposta da Altice no Altice International Innovation Award é "uma evidência sólida da valorização da inovação como prioridade estratégica, não só para o desenvolvimento de um ecossistema de stakeholders fundamentais, mas também para o do próprio país, cujas economia e capacidade competitiva dependem diretamente do investimento em inovação tecnológica".

A importância do evento é igualmente reforçada por António Bob Santos, lembrando que "através do programa Born from Knowledge, lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e promovido pela ANI", a organização propõe-se a "fazer um tributo ao conhecimento científico e tecnológico. Distinguir projetos que “nasçam do conhecimento” e empresas que mais se destaquem em atividades de Investigação & Desenvolvimento (I&D) é contribuir para a excelência do país".

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[Título corrigido às 18h33]