A parte da carta que não tinha sido divulgada explica o motivo pelo qual Bento XVI recusou escrever um comentário numa nova compilação de livros do Vaticano sobre a formação filosófica e teológica de Francisco e destinada a assinalar o seu quinto aniversário de pontificado.

Bento XVI assinalou que os autores envolvidos no projeto emitiram ataques “virulentos” e “anti-papistas” contra o consulado do seu sucessor e disse estar “surpreendido” pela inclusão de um teólogo contestatário nos 11 volumes da “Teologia do papa Francisco”.

“Estou certo que podem compreender porque declinei”, escreveu Joseph Ratzinger.

A carta, concluída em 7 de fevereiro, foi lida pelo perfeito da secretaria de Comunicação, Dario Vigano, durante a apresentação dos 11 livros escritos por vários autores e publicados pela Librería Vaticana.

De diversos setores, em particular do meio mais conservador, começaram a surgir críticas pelo facto de o Vaticano não ter publicado a totalidade da carta, e, sobretudo, que tivesse sido utilizada uma foto com os últimos parágrafos desfocados numa tentativa de ocultar a totalidade do conteúdo.

No texto completo, surgem parágrafos em que o papa emérito exprime a sua surpresa por surgir entre os autores da compilação o teólogo Peter Hunermann, que durante o seu pontificado “se distinguiu por ter liderado iniciativas anti-papais”.

Bento XVI assinala que o teólogo alemão também atacou “de forma virulenta” a encíclica “Veratis Splendor” de João Paulo II e a “autoridade magistral do papa em particular sobre a teologia moral”, para além de citar outros casos.

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