O corpo de Jorginho Guajajara foi encontrado perto de um rio no estado brasileiro do Maranhão.

Este líder do povo Guajajara era conhecido internacionalmente pela criação de um grupo chamado Guardiões da Amazónia, que atua na proteção da região mais ameaçada da maior floresta tropical do mundo.

“Ainda não está claro quem o matou, mas uma poderosa máfia madeireira repetidamente atacou a tribo, que atua para proteger as suas casas na floresta tropical e os membros isolados de uma tribo vizinha, os Awá, que também moram lá”, frisou a ONG.

Perante o que considerou a falta de respostas institucionais para combater as ameaças à região, a tribo de Jorginho Guajajara formou para os Guardiões da Amazónia para expulsar os madeireiros.

As estimativas divulgadas sugerem que até 80 membros da tribo foram mortos desde 2000.

O diretor da Survival International, Stephen Corry, frisou no comunicado que “os Guardiões da Amazónia enfrentam uma crise humanitária urgente e estão lutando pela sua própria sobrevivência”.

“Esta pequena tribo de índios da Amazónia enfrenta uma máfia madeireira agressiva, poderosa e armada, com laços estreitos com políticos locais e nacionais. E eles estão pagando com as suas vidas por se levantarem contra eles. Precisam urgentemente de apoio público para garantir que sobrevivam”, acrescentou.

A ONG internacional também lembrou que “o assassinato de Jorginho Guajajara é mais uma indicação da crescente volatilidade nessa área”.

Informações reunidas pela organização não-governamental brasileira Instituto Socioambiental indicam que as áreas da floresta amazónica localizadas no Maranhão são alvo de intenso desmatamento e degradação florestal, inclusive dentro de terras indígenas.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil de 2017 indicam que 70% da área florestal já foi desmatada no Maranhão.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.