O período de inscrição para optar por um dos empregos oferecidos nas áreas mais remotas e mais pobres do Brasil só será estendido até este domingo, já que é esperado que os novos médicos iniciem suas atividades em 03 de dezembro, informou o Ministério da Saúde.

Além de substituir os médicos cubanos, outras 185 vagas de profissionais que já tinham completado a sua participação no país também estão abertas, por isso o número total de lugares em concurso ascende a 8.517.

O concurso foi aberto depois de o Governo de Cuba ter anunciado na semana passada a sua retirada do programa social “Mais Médicos” pelos comentários “ameaçadores e pejorativos” de Bolsonaro.

Bolsonaro, que defende ideias de extrema-direita e é nostálgico da ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985, irá assumir a Presidência em 01 de janeiro de 2019, após vencer as eleições de outubro, descreveu os médicos cubanos como “escravos de uma “ditadura”.

O programa “Mais Médicos” foi criado em 2013 pela então Presidente Dilma Rousseff para de garantir cuidados de saúde em regiões remotas e humildes do Brasil, sob diferentes acordos tripartidos com a Organização Pan-Americana da Saúde Saúde (OPAS).

Segundo os acordos com a OPAS, os cubanos recebiam 30% de seu salário no Brasil e o restante era destinado ao Governo cubano, algo que Bolsonaro considerava “inaceitável”.

O concurso aberto nesta quarta-feira vai cadastrar brasileiros no Conselho Regional de Medicina ou estrangeiros que homologaram seu diploma no país.

“A nossa preocupação era reduzir prazos de registo até a chegada do médico ao município” da maneira “mais rápida e eficaz” para que a população “não perca assistência” nessas áreas, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, citado num comunicado do Ministério da Saúde brasileiro.

Além disso, outro concurso está previsto para o dia 27 deste mês, para brasileiros formados no exterior e para estrangeiros.

Desde a chegada do atual Presidente do Brasil, Michel Temer, em meados de 2016, a participação de médicos cubanos no país vem sendo gradualmente reduzida.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até aquele ano, cerca de 11.400 médicos de Cuba trabalhavam no Brasil no programa “Mais Médicos” e, atualmente, 8.332 profissionais da ilha caribenha trabalham no país..

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