Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,47%, o tecnológico Nasdaq valorizou 0,07% e o alargado S&P500 subiu 0,16%, atingindo mesmo o seu nível mais alto desde setembro.

Depois de o índice de preços no consumidor (IPC) ter dopado fortemente as cotações na terça-feira, depois de ter sido divulgada uma variação mensal de zero por cento em outubro e homóloga de 3,2%, hoje foi a vez de o índice de preços na produção (IPP) mostrar que a inflação está a arrefecer nos EUA.

O IPP retraiu-se em meio por cento, evolução que surpreendeu os analistas, que esperavam uma ligeira subida. Esta foi o recuo mais forte desde abril de 2020.

E as vendas do comércio retalhista em outubro baixaram 0,1%, menos do que os analistas receavam.

"As boas notícias acumulam-se. É por isso que vemos o S&P500 em um máximo de dois meses", comentou o estratega de investimento da Edward Jones, Angelo Kourkafas.

"Com o IPP, temos a confirmação de uma tendência desinflacionista e as vendas do comércio retalhista mostraram-se melhores do que esperado", reforçou, em declarações à AFP.

"Estes dois elementos apoiam a ideia de um crescimento económico estável, acompanhado de uma desinflação", descrevendo um arrefecimento suave da economia.

Na cena política, espera-se uma votação no Senado que confirme o prolongamento do orçamento federal, já aprovado na Câmara dos Representantes, na terça-feira. Isto vai permitir evitar um encerramento dos serviços e agências federais, que poderia ocorrer já na quinta-feira.

"Isto elimina uma incerteza de curto prazo, mesmo que estejamos a recuar, para melhor saltar", comentou Kourkafas.

A esta informação dos EUA somou-se a de estatísticas económicas chinesas melhores do que previsto. As vendas do comércio retalhista aumentaram em outubro a um ritmo que foi o mais forte dos últimos cinco meses, de 7,6%, depois de 5,5% em setembro, graças a uma série de dias feriados no início do mês.

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