"Nós assinalámos este marco no dia 18 de dezembro, com o registo de 1.005.369 passageiros, um número que não atingíamos desde 2019 quando surgiu a pandemia", referiu José Candrinho, diretor de operações do Aeroporto Internacional de Maputo.

Segundo o responsável, o setor da aviação foi um dos mais afetados pela eclosão do novo coronavírus, que reduziu o número de passageiros naquele aeroporto moçambicano.

O número de passageiros alcançado este ano deveu-se à retoma do turismo, introdução de novas companhias aéreas, aumento de frequência de voos, introdução de novas rotas e retoma de outras, referiu José Candrinho, destacando a retoma, em dezembro, da ligação entre Maputo e Lisboa pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).

"Esperamos fechar o ano com cerca de 1.200.000 passageiros", disse a fonte, acrescentando que o aeroporto regista uma média diária de 3.000 passageiros.

Com o registo de mais de um milhão de passageiros, entre janeiro e 18 de dezembro de 2023, o Aeroporto de Maputo superou as projeções segundo as quais a retoma dos níveis de tráfego registados antes da pandemia ocorreria a partir de 2024, avançou José Candrinho.

De acordo com a fonte, o pico do movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Maputo ocorre no último trimestre do ano, reduzindo entre janeiro e março.

A empresa pública Aeroportos de Moçambique, que gere os 20 aeroportos e aeródromos do país, agravou os prejuízos em 2022, que ascenderam a quase 820,5 milhões de meticais (11,9 milhões de euros), segundo o relatório e contas consultado em agosto pela Lusa.

Na mensagem que consta do documento, o presidente do conselho de administração da Aeroportos de Moçambique, Américo Muchanga, explicava que, "apesar da recuperação em 30%" do volume de negócios "perdidos por causa da pandemia de covid-19", a empresa voltou a registar prejuízos no ano de 2022, que comparam com os quase 215,6 milhões de meticais (3,2 milhões de euros) de resultado líquido negativo no exercício de 2021.

A empresa tem a gestão dos três aeroportos internacionais do país (Maputo, Beira e Nacala), dos seis aeroportos principais e de "entrada regional" (Nampula, Pembe, Tete, Quelimane, Vilankulo e Filipe Jacinto Nyusi), três aeródromos secundários e oito pequenos aeródromos, e empregava em 31 de dezembro de 2022 um total de 843 trabalhadores.

LN (PVJ) // MLL

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