"Eu penso que essa visita é muito importante e histórica na relação entre a Guiné-Bissau e Portugal. Porque, como sabem, essa é a primeira visita de Estado do chefe de Estado da Guiné-Bissau, o que mostra, de facto, que a relação luso-guineense atingiu um patamar que nunca havia outrora e com a visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa à Guiné-Bissau, há dois anos atrás e que também culminou com aquela prática de que, de facto, os Presidentes de Portugal não faziam visita à Guiné-Bissau", salientou.

Sissoco Embaló, que falava nunca conferência de imprensa, confessou que "não percebia" por que tal aconteceu.

"Não se percebia ou não se entendia ou ninguém podia compreender que, de facto, um Presidente português há 31 anos que não fazia uma visita à Guiné-Bissau, acrescentou.

O Presidente guineense deu como exemplo que, no passado, os seus homólogos portugueses "iam à Costa do Marfim, iam ao Senegal, Cabo Verde e Guiné-Bissau nada".

"Eu não estou a culpabilizar aqui os Presidentes que passaram por lá. Na altura nós tivemos uma confusão cíclica", explicou, referindo-se á instabilidade político-militar guineense.

Agora a situação é substancialmente diferente e "hoje na Guiné-Bissau criámos as condições propícias e o Presidente Marcelo foi e vem outra vez no próximo mês com o primeiro-ministro [português, António] Costa, que também já lá esteve em visita oficial", disse.

"Isso demonstra, de facto, que hoje criámos todas as condições propícias para restabelecermos essa relação que estamos a viver e que culminou hoje com a visita de Estado do Presidente da República da Guiné-Bissau. Eu penso que é importante sublinhar esta visita histórica que o Presidente Embaló fez a Portugal e dentro de duas semanas vou receber o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro de Portugal na Guiné", frisou.

"Eu penso que isso é muito importante", vincou.

Sissoco Embaló referia-se à visita que Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa efetuam em 16 de novembro à Guiné-Bissau, juntamente com outros convidados, para as comemorações do 50.º aniversário da proclamação da independência do seu país, feita em 24 de setembro de 1973.

EL // MLL

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