A discussão centrou-se no conflito no Médio Oriente desencadeado pelo ataque do Hamas a Israel, em 07 de 0utubro, e na resposta militar israelita na Faixa de Gaza.

Segundo fontes iranianas, o Presidente Raisi disse que "as atrocidades brutais do regime sionista em Gaza representam o maior genocídio de todo o século e um crime contra a humanidade".

A agência de notícias iraniana Irna também citou o Papa: "Como líder dos católicos do mundo, farei o meu melhor para parar os ataques e evitar mais assassínios de mulheres e crianças em Gaza".

A conversa telefónica de domingo não foi o primeiro contacto entre o Vaticano e o Irão desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

Na segunda-feira passada, o arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário do Vaticano para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais, conversou por telefone com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amir-Abdollahian.

"Durante a conversa, o arcebispo Gallagher expressou a séria preocupação do Vaticano sobre o que está a acontecer em Israel e na Palestina, reiterando a necessidade absoluta de evitar a escalada do conflito e de alcançar uma solução de dois Estados para uma paz estável e duradoura no Médio Oriente", referiu um comunicado do Vaticano.

No domingo, o Papa Francisco também reiterou o seu apelo ao fim das hostilidades durante a oração do Angelus no Vaticano.

"Continuo a pensar na situação extremamente grave na Palestina e em Israel, onde tantas pessoas perderam a vida. "Em nome de Deus, imploro que parem", declarou Francisco, apelando a um "cessar-fogo".

Francisco também disse esperar que "todos os caminhos sejam seguidos" para evitar uma escalada do conflito.

"Que os feridos sejam ajudados e que o apoio [humanitário] chegue à população de Gaza, onde a situação humanitária é muito grave", declarou o Papa.

"Os reféns devem ser libertados imediatamente. Entre estes estão muitas crianças. Deixem-nos regressar às suas famílias", afirmou Francisco.

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