Os abastecimentos que entraram no enclave através do Egito são muito escassos face às necessidades, principalmente alimentos destinados ao consumo imediato como atum (em conserva), arroz, barras energéticas e tâmaras. A farinha destina-se exclusivamente às padarias.

Por outro lado o Gabinete para a Coordenação da Ajuda Humanitária das Nações Unidas (OCHA) avisou no domingo que "um número limitado" de camiões com bens humanitários conseguiram cruzar a fronteira de Rafah, não tendo especificado mais dados sobre o trânsito de veículos que transportaram auxílio básico no último fim de semana.

No passado dia 21 de outubro, Israel e o Egito aceitaram a entrada de ajuda humanitária - com restrições - sendo que até ao momento entraram em Gaza 451 carregamentos por estrada, de acordo com os dados da semana passada.

Segundo o último relatório do OCHA sobre a situação humanitária em território palestiniano, a distribuição de alimentos por parte de organizações internacionais aos deslocados internos no norte de Gaza está praticamente estancada devido à intensidade dos bombardeamentos de Israel.

Calcula-se que permanecem ainda no norte do enclave cerca de 400 mil civis, entre os quais feridos, doentes e pessoas que não conseguem abandonar o local.

No total, onze padarias foram atacadas ou destruídas em Gaza desde o dia 07 de outubro, quando o Hamas atacou Israel, que lançou uma violenta ofensiva militar contra o território.

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