Netanyahu tem vindo a moldar o seu discurso nos últimos dias, com sucessivas entrevistas nas quais tem afirmado que Israel assumirá "responsabilidade de segurança" sobre a Faixa de Gaza por um "período indefinido", mas que não tem intenção de reocupar o território.

Numa reunião com autarcas de cidades israelitas perto de Gaza, Netanyahu recuperou a ideia de permanecer no enclave, possibilidade contra a qual o seu principal aliado -- os Estados Unidos - já se manifestou.

Os autarcas pediram ao primeiro-ministro israelita que não adotasse qualquer cessar-fogo até que a ameaça terrorista do grupo islamita Hamas fosse completamente erradicada, enquanto Netanyahu lhes prometeu recursos para reconstruir as áreas do sul afetadas pelos ataques de 07 de outubro.

Para já, nem as Forças de Defesa nem o Governo de Netanyahu deram quaisquer sinais de parar esta ofensiva, que resultou em mais de 11.000 mortes na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.

Israel apenas concordou com pausas humanitárias para permitir a transferência de civis do norte para o sul do enclave.

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