De acordo com informação divulgada hoje pela Direção Nacional de Saúde Pública, esta campanha destina-se à população com idade igual ou superior a um ano e será realizada nos distritos de Chiúre e Montepuez (província de Cabo Delgado), Gilé, Gurué e Mocuba (Zambézia), Mágoe, Moatize e Zumbo (Tete) e Maringue (Sofala).

"O país está a responder ao recrudescimento do surto que se verifica desde outubro de 2023", aponta a Direção Nacional de Saúde Pública.

De acordo com os dados mais recentes, de 01 de outubro de 2023 até ao dias 02 de janeiro de 2024, Moçambique registou um total de 8.266 casos de cólera e 20 óbitos, em seis províncias, o que corresponde a uma taxa de letalidade de 0,2%.

"As quatro províncias selecionadas albergam os distritos mais críticos deste ressurgimento do surto no país", acrescenta.

"O grupo-alvo desta intervenção é de 2.271.136 pessoas, correspondente à população que vive nas áreas mais vulneráveis e de foco para o atual surto", refere a mesma informação.

Acrescenta que "para que a campanha decorra sem sobressaltos e os objetivos sejam alcançados", foram mobilizadas para esta operação 1.136 equipas, com 7.337 elementos, incluindo vacinadores, mobilizadores, registadores, supervisores, coordenadores, digitadores de dados, logísticos e motoristas, entre outros.

"Igualmente, foram mobilizados cerca de 1,3 milhões de dólares americanos, para a realização da campanha. Este valor inclui fundos do Governo e dos Parceiros de Cooperação", reconhece ainda.

A implementação da campanha prevê a vacinação em postos fixos nas unidades sanitárias e com recurso a brigadas móveis nos locais de maior concentração populacional previamente estabelecidos, como mercados, campo de futebol, locais de comícios, sede dos postos administrativos, localidades e outros.

"E, sempre que se justificar, adotar-se-á a estratégia porta a porta", refere a Direção Nacional de Saúde Pública, acrescentando que "para evitar duplicações ou falhas e permitir uma melhor avaliação pós campanha", as pessoas vacinadas vão receber um cartão, "como prova de vacinação e que deverão conservá-lo".

Segundo a Direção Nacional de Saúde Pública, trata-se de uma vacina oral "segura e eficaz", sem custos para a população na sua administração, mas que "não substitui outras medidas de prevenção", sendo "apenas complementar" a medidas de higiene individual e coletiva ou ao consumo de água fervida ou tratada com purificador.

PVJ // JMC

Lusa/Fim