"A entidade sionista [Israel] está a mentir-lhes [aos israelitas] e também está a mentir quando expressa aos palestinianos preocupação com os seus prisioneiros. Mas também os está a destruir com os seus bombardeamentos", afirmou o aiatola Ali Khamenei numa mensagem na rede social X, divulgada pelo jornal israelita Haaretz.

Numa publicação separada, o clérigo iraniano afirmou que "o regime sionista vai ser paralisado numa questão de dias sem a ajuda dos Estados Unidos".

Tanto o Hamas como o grupo libanês Hezbollah recebem financiamento iraniano e são considerados grupos terroristas pela União Europeia e pelos Estados Unidos .

O líder do Hezbollah, Sayyed Nasrallah, afirmou nas redes sociais que vai fazer hoje um discurso, o primeiro desde o início do conflito entre Israel e movimentos islamitas pró-iranianos.

O Irão estabeleceu uma rede de aliados no Médio Oriente, com o apoio de países e milícias, conhecida como o Eixo da Resistência, que permite a Teerão estender a influência ao Líbano, Iraque, Síria, Iémen e Faixa de Gaza.

Esta aliança informal, que se opõe a Israel e Estados Unidos, é um dos pilares da política externa iraniana, exercendo influência sobre os diferentes atores que compõem o grupo.

Hoje assinala-se o 28.º dia da guerra entre Israel e o Hamas, que começou a 07 de outubro, depois de um ataque do grupo islamita em território israelita causar 1.400 mortos, 5.400 feridos e 242 reféns em Gaza.

Desde então, Israel tem bombardeado Faixa de Gaza, lançando, há uma semana, uma ofensiva terrestre, que já causou mais de 8.800 mortos e mais de 22 mil feridos.

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