Após uma extensão inicial da trégua até quinta-feira às 07:00 locais (05:00 em Lisboa), uma fonte próxima do Hamas adiantou à AFP que o grupo concordou em estendê-la por mais quatro dias e libertar novos reféns israelitas, "sob o atual acordo e nas mesmas condições".

Uma nova troca de 10 reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza desde 07 de outubro por 30 palestinianos presos por Israel é esperada para hoje, sexto dia desta trégua que permitiu a entrada de ajuda humanitária no território sitiado e devastado durante sete semanas de bombardeamentos das forças de Telavive.

O Hamas anunciou hoje à tarde a libertação de duas mulheres reféns russas, mas fora do quadro do acordo de trégua negociado com mediação do Qatar, dos Estados Unidos e do Egito.

O Exército israelita disse, por sua vez, estar a verificar informações sobre a morte de um bebé de 10 meses, o mais novo dos reféns raptados em 07 de outubro, da sua mãe e do seu irmão de 4 anos.

Segundo o braço militar do Hamas, os reféns foram "mortos em Gaza num bombardeamento israelita".

Com o objetivo de prolongar a trégua, os países mediadores estão a redobrar os seus esforços e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, deverá ter conversações na quinta-feira em Israel e na Cisjordânia.

"Gostaríamos que esta pausa fosse prolongada", disse Blinken antes da sua partida, em Bruxelas. Esta extensão "significa mais reféns a voltar para casa e mais ajuda" para a Faixa de Gaza.

Até agora, no âmbito do acordo, o Hamas libertou 81 reféns -- 61 israelitas e 20 estrangeiros -- enquanto Israel libertou 180 palestinianos, todos mulheres e crianças.

Para hoje, é esperada a libertação de mais 10 israelitas em troca de 30 presos palestinianos, 15 mulheres e 15 crianças

A guerra começou em 07 de outubro, quando o grupo islamita Hamas, considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, atacou de surpresa Israel, matando mais de 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas. O grupo islamita palestiniano fez também mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e passou a bombardear diariamente a Faixa de Gaza, onde desencadeou entretanto uma invasão terrestre, além de bloquear a entrada de bens essenciais como água, combustível e medicamentos.

Até ao início da trégua, os ataques do exército israelita na Faixa de Gaza tinham matado mais de 14 mil pessoas, segundo o Hamas.

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