Cristóvão Chume falava durante um encontro com adidos militares estrangeiros acreditados em Maputo.

"Hoje podemos perceber que a cifra [da população deslocada que regressou às suas zonas de origem] é à volta de 70%", afirmou Chume.

Os avanços no combate aos grupos armados têm favorecido a normalização da vida das comunidades antes assoladas pela guerra, acrescentou.

O ministro da Defesa de Moçambique assinalou os ganhos conseguidos pelas forças conjuntas moçambicanas, do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

"O terrorismo coloca em risco a segurança do Estado moçambicano, bem como de todos os países que querem o bem-estar e a segurança das suas populações", enfatizou.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos a insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

No terreno combatem o terrorismo -- em ataques que se verificam desde outubro de 2017 e que condicionam o avanço de projetos de produção de gás natural na região - as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da SADC.

O conflito no norte de Moçambique já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, enquanto o Presidente moçambicano admitiu recentemente "mais de 2.000" vítimas mortais.

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