Estas infraestruturas foram construídas no âmbito do Programa de Mecanismo de Recuperação, através do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones Idai e Kenneth , com o apoio da Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e União Europeia, de acordo com informação disponibilizada hoje pelo Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.

Quatro das escolas construídas estão localizadas na cidade da Beira e uma em Mutua, distrito de Dondo, às quais acresce centros de saúde do Sengo, em Chinamacondo, no distrito de Dondo, em Manga Loforte, na cidade da Beira, bem como 800 habitações, das quais 538 são construções novas convencionais e resilientes e 262 reabilitadas, todas na província de Sofala.

O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, explicou que as intervenções de reabilitação e de construção de habitações e escolas permitiram que mais de mil famílias das comunidades afetadas passassem a ter acesso à habitação condigna e resiliente e 10.955 alunos acesso a educação em salas de aula seguras.

"Solicitamos que conservem estas infraestruturas, que elas não sirvam apenas como local educacional, mas também uma oportunidade para surgimento de talentos em várias áreas desportivas e culturais. Quero agradecer aos nossos parceiros, em especial aos doadores do Programa de Mecanismo de Recuperação, por terem direcionado palavras de conforto e imediatamente canalizaram os seus apoios para aliviar o sofrimento das comunidades afetadas", afirmou o ministro, durante o ato de entrega destas infraestruturas, na quarta-feira, na Beira.

António Maggiore, embaixador da UE, defendeu a necessidade de conservação das infraestruturas entregues, comprometendo-se a dar continuidade ao apoio.

"O nosso papel, como parceiros, é contribuir para a melhoria das condições de saúde e educação das pessoas desfavorecidas, para que haja um desenvolvimento mais sustentável das comunidades", disse António Maggiore.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.

Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, indicam dados oficiais do Governo moçambicano.

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