No debate preparatório do Conselho Europeu, António Costa foi questionado pela deputada do BE Isabel Pires sobre as regras orçamentais da União Europeia, mas acabou a defender o seu legado na política interna, congratulando-se pelos excedentes orçamentais alcançados este ano e no próximo, "mesmo aumentando a massa salarial".

Sobre esta matéria, o primeiro-ministro aproveitou para deixar a sua visão de como devem ser utilizados estes excedentes no futuro.

"Devem ser utilizados não para pagar despesas correntes, mas para pagar ou investimentos estruturantes ou como reservas para dias de menor felicidade económica. Estar a despender um excedente, que é por natureza conjuntural, para pagar despesas que por natureza são permanentes seria um profundo erro orçamental", disse.

Sem que a questão sobre os professores lhe tivesse sido colocada, António Costa defendeu a posição do seu Governo sobre esta classe profissional.

"Em 2018, o mais importante não foi ter descongelado as carreiras, foi ter descongelado com a garantia de que nunca mais iríamos congelar", disse, acrescentando que não só "tem estado descongelada", como o tempo perdido pelos professores foi "parcialmente recuperado", mantendo o equilíbrio orçamental no país.

António Costa é atualmente primeiro-ministro em gestão, após ter apresentado a demissão em 07 de novembro, e o PS irá escolher o seu futuro secretário-geral disputadas sexta-feira e sábado entre Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião, antes das legislativas antecipadas de 10 de março.

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Lusa/fim