Numa intervenção perante o 41.º Congresso do PSD, Castro Almeida -- que foi vice-presidente do anterior líder Rui Rio, mas abandonou o cargo ao fim de pouco mais de um ano por divergências internas -, deixou vários desafios ao presidente do PSD.

"Precisamos de uma coligação pré-eleitoral a que devemos juntar cidadãos independentes de grande relevo para mostrar ao país como o PSD é um partido abrangente, agregador", defendeu, sem precisar com que partidos deve ser essa aliança.

Castro Almeida pediu ao PSD "particular cuidado na escolha de deputados", que têm de ter credibilidade, foco em poucas bandeiras eleitorais e ao líder que "seja firme na denúncia de oito anos de desgoverno socialista".

"Sobretudo, seja firme a denunciar os riscos da imaturidade politica: há um ministro que teve de deixar o Governo pela porta dos fundos pela sua imaturidade política e é ele que quer voltar pela porta da frente, quando não merece sequer entrar pela porta do lado", disse, referindo-se implicitamente a Pedro Nuno Santos.

O antigo autarca de São João da Madeira -- de onde é natural o candidato à liderança do PS - defendeu que a única mudança política nas próximas eleições "é para o centro" e não "da esquerda para a máxima esquerda ou esquerda radical".

"Os portugueses que acharem que a esquerda socialista está bem, votem no candidato do PS. Os que querem a mudança, só têm um nome, Luís Montenegro, a não ser que se queiram contentar em escolher deputados e ser irrelevante na escolha do primeiro-ministro", disse.

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Lusa/fim