"O objetivo primordial destes centros é a prestação de assistência diária a crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco, de vulnerabilidade social", afirmou a ministra de Estado e da Defesa Nacional, Janine Lélis.

Segundo a governante, na qualidade de porta-voz do Conselho de Ministros, dos 11 centros, cinco serão criados na cidade da Praia, três na ilha de São Vicente e os restantes nas ilhas da Boa Vista, São Nicolau e Sal (um em cada qual) para abranger crianças com idades entre os 6 e os 18 anos.

O orçamento geral para a construção dos centros ronda 580 milhões de escudos (5,2 milhões de euros).

Ainda no mesmo âmbito, vai ser reforçado o centro de emergência infantil da ilha do Sal, "para alargar o nível de assistência prestado".

Janine Lélis referiu que, além dos 11 centros hoje anunciados, o Governo pretende criar mais dois, um em Santiago norte e outro na ilha de Santo Antão.

"As diretivas do Fundo Mais têm um grande foco nos centros de emergência infantil e na atribuição de subsídios para as famílias que mais precisam, no âmbito do combate à pobreza extrema", apontou Janine Lélis.

Em fevereiro, as autoridades anunciaram que o trabalho infantil, ilegal, atinge 4.900 crianças em Cabo Verde, ou seja, 4,2% da população entre os 5 e os 17 anos.

Os dados revelaram também que mais de 80% das famílias em que há trabalho infantil têm mais de quatros pessoas (41,4% dos agregados têm mais de seis pessoas).

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