Em comunicado, o executivo cabo-verdiano pediu às instituições da CEDEAO, principalmente ao órgão máximo, a Conferência de Chefes de Estado e de Governo, para "reforçar o diálogo político com as autoridades de transição" daqueles países, por forma a que se encontrem "as melhores soluções, que possam garantir a desejada coesão no seio da organização".

"As autoridades nacionais acompanham de perto a evolução dos acontecimentos na região, tendo presente os impactos que poderão ter no tocante aos inúmeros cidadãos" do Mali, Burkina Faso e Níger, "que vivem noutros países da comunidade".

Os três países justificaram a saída da organização sub-regional com as sanções impostas e com a condenação dos golpes de Estado.

Os golpes de Estado no Mali (24 de maio de 2021), Níger (26 de julho de 2023) e Burkina Faso (06 de agosto de 2023) derrubaram governos eleitos democraticamente e conduziram ao poder juntas militares que acusaram as forças ocidentais, em particular a antiga potência colonial, a França, de ingerência.

Em setembro, os três países, que formaram a Aliança dos Estados do Sahel, acordaram reforçar a cooperação e negociaram acordos de auxílio militar, em caso de intervenção externa.

São atualmente 15 os Estados-membros da CEDEAO: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

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