O ciclo de subidas sem precedentes das taxas de juro do BCE tornou, como era esperado, o custo dos empréstimos mais caro, mas "uma parte substancial" dos efeitos ainda não se fez sentir, declarou Luis de Guindos durante uma conferência em Chipre.

Se as consequências se fazem sentir fortemente na atividade imobiliária, para a economia no seu conjunto "há um desfasamento" na transmissão da política monetária e "o impacto essencial do aperto deve materializar-se este ano e no próximo", acrescentou.

O BCE vai observar os dados económicos que vão ser divulgados "para determinar o nível e a duração apropriada de uma política monetária restritiva", salientou.

Depois de sucessivas subidas das taxas de juro desde julho de 2022, o BCE está ainda longe de iniciar o debate sobre uma eventual descida.

Por agora, o BCE acredita que as suas taxas atingiram níveis que, "mantidos por um período suficientemente longo, contribuirão substancialmente" para levar a inflação a regressar a 2%, o objetivo fixado, indicou o vice-presidente do banco central.

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