É desta que há acordo entre o Governo e os médicos?
Edição por Alexandra Antunes
Os sindicatos representativos dos médicos e o ministro da Saúde voltam hoje às negociações naquela que será a "derradeira oportunidade" para obter um acordo em matéria de aumentos salariais.
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam), o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o Ministério da Saúde realizam a 36.ª e última ronda negocial, na véspera da votação final global do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), após 19 meses de negociações sem entendimento.
Na quarta-feira, a Fnam e o SIM voltaram a sair do encontro com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, em discordância com a proposta do Governo sobre aumentos salariais.
O que é pedido pelos sindicatos?
A Fnam exige aumentos de 30% e um horário de 35 horas semanais, as 12 horas de serviço de urgência e a atualização do salário base que reponha o poder de compra para os níveis anteriores à ‘troika’ para todos os médicos.
O SIM levou para a reunião de hoje uma proposta de aumentos de 15%, uma cedência face aos 30% anteriormente exigidos.
O que diz o Governo?
Segundo o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o Governo subiu a proposta anterior de 8,5% e propõe agora um aumento salarial diferenciado de 12,7% para os médicos em início de carreira, acima de 11% para os assistentes graduados e de 9,6% para os médicos no topo da carreira.
O Governo propõe um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.
A proposta iguala o salário base dos médicos (3.025 euros), representando um aumento de 5,5%, contra os 3,6% apresentados na última proposta e que mereceu a contestação dos sindicatos.
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