“Estamos agora numa nova fase, numa fase de aprofundamento das relações económicas com a Espanha”, disse Olavo Correia, que também é ministro das Finanças de Cabo Verde, à agência Lusa no final de uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol.

O responsável governamental sublinhou a necessidade de Cabo Verde “melhorar o quadro jurídico para atrair cada vez mais investimentos espanhóis” ao país.

“Espanha é um parceiro económico muito importante para Cabo Verde”, disse Olavo Correia, acrescentando que foi decidido organizar um fórum empresarial anual para “analisar” a evolução do aumento de negócios entre os dois países.

O vice-primeiro-ministro deu o exemplo do setor das pescas, em que uma só empresa espanhola é responsável por “quase 70%” das exportações cabo-verdianas e num setor em que ainda há “um potencial enorme” de crescimento.

Cabo Verde e Espanha vão ter acordos para “evitar” a dupla tributação e os dois países “estão a trabalhar” noutro compromisso que vai assegurar a proteção recíproca dos investimentos.

Este país africano também vai alterar a sua “lei cambial” para assim “garantir” os movimentos de capitais e avançar com a isenção de vistos para os cidadãos europeus.

“Tudo isto para criarmos um quadro jurídico de confiança, seguro, mas também para termos um quadro de abertura cada vez maior em relação ao exterior, particularmente em relação à Europa”, disse o vice-primeiro-ministro.

Olavo Correia realçou ainda outros “setores fundamentais” em que o país quer atrair o “investimento importante de empresários espanhóis e europeus”: transportes aéreos, transportes marítimos, telecomunicações, tecnologias, economia do mar, entre outros.

O Governo cabo-verdiano também pretende que as empresas do país “sejam integradas dentro desse processo de expansão de atividade” das empresas estrangeiras.

“Temos relações históricas profundas com o espaço europeu e mais do que valores monetários nós partilhamos valores como a democracia, o estado de direito, a dignidade da pessoa humana”, declarou Olavo Correia.

A finalizar, traçou como objetivo geral que Cabo Verde deve ser “uma ponte” para a expansão do investimento estrangeiro em África e contribuir para “aproximar” os dois continentes.

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