O ministro das Finanças, João Leão, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, estão hoje a apresentar aos partidos, na Assembleia da República, as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) e o quadro macroeconómico.

“Existem medidas estabilizadoras que se vão manter, e é com agrado que verificamos que isso acontece quer até ao final do ano quer até setembro do ano próximo e que, de alguma forma, vêm ajudar a reduzir aquilo que é o défice que é esperado, na ordem dos 8%, bem como a taxa de desemprego, com uma recuperação ainda que tímida em 2021, na ordem dos 5%”, afirmou a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real no final do encontro.

Momentos antes, questionada também no final da reunião com os centristas se o Governo prevê um défice entre 7% e 7,5% este ano e cima dos 4% no próximo, a deputada Cecília Meireles (do CDS) respondeu que “os números do défice que foram transmitidos correspondem a esses”.

O ministro das Finanças está hoje, desde as 09:30, no parlamento para apresentar aos partidos as linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2021, ao abrigo do Estatuto do Direito de Oposição.

Numa altura em que o documento não tem ainda aprovação garantida, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares avisou na sexta-feira os parceiros de negociação à esquerda que os avanços já registados nas conversações - em matérias como saúde, direitos laborais e políticas de rendimentos - têm como pressuposto a viabilização da proposta orçamental do Governo.

A votação na generalidade do OE2021 está marcada para 28 de outubro e a votação final global para 27 de novembro.