De acordo com o Morgan Stanley, citado pela agência financeira Bloomberg, uma recessão económica global poderia ter início dentro de nove meses caso o presidente norte-americano, Donald Trump, aumentasse em 25% as tarifas alfandegárias sobre mais exportações chinesas avaliadas em 300 mil milhões de dólares e se a China decidisse retaliar.

O banco JPMorgan Chase, por sua vez, considerou que a probabilidade de haver uma recessão nos Estados Unidos no segundo semestre deste ano passou de 25% em maio, para os atuais 40%.

O economista-chefe do Morgan Stanley, Chetan Ahya, afirmou num relatório que, em conversas mantidas com investidores, estes realçaram “o reforço da sensação de que os mercados estão subestimar o impacto das tensões comerciais” entre os dois gigantes mundiais.

“No geral, os investidores acreditam que a disputa comercial pode arrastar-se por mais tempo”, refere-se no relatório, que lembra ainda que os mercados “parecem estar ignorar o possível impacto sobre a perspetiva macro global.”

Estes alertas, segundo a Bloomberg, podem fornecer o mote aos mercados financeiros e influenciar a reuniões ministeriais do G-20 que se realizam no final da semana no Japão.

Os fracos indicadores do setor industrial na Ásia hoje divulgados evidenciaram uma acentuada expectativa de desaceleração da economia mundial, o que levou o economista do JPMorgan, Bruce Kasman, a afirmar num relatório do banco que “o crescimento pode desacelerar abaixo da tendência prevista para o resto do ano”.

Outro alerta surge também por parte do Goldman Sachs Group com os economistas a referirem agora que esperam que os Estados Unidos apliquem tarifas alfandegárias de 10% sobre mais produtos chineses exportados avaliados em 300 mil milhões de dólares e também sobre todos os produtos mexicanos.

Este grupo financeiro reduziu a sua previsão de crescimento para os Estados Unidos relativa ao segundo semestre deste ano de 2,5% para 2%, prevendo agora uma maior probabilidade de corte nas taxas de juro da Reserva Federal (Fed).

O economista-chefe do Goldman Sachs, Jan Hatzius, ressalvou, no entanto, que “embora seja algo provável, a perspetiva ainda não mudou o suficiente para que os cortes se tornem no nosso cenário base”, salientou o responsável.

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