Chui Sai On garantiu que o Governo está atento às previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) que estima um abrandamento do crescimento da economia mundial caso persista a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos, garantindo que o território está a adotar “uma estratégia de investimento defensivo”.

O governante lembrou que a maioria dos visitantes é oriunda do interior da China, destacando, por isso, a importância da entrada em funcionamento da maior travessia marítima do mundo que liga Macau à província chinesa de Guagdong (através de Zhuhai) e a Hong Kong para reforçar o fluxo turístico, sobretudo para o turismo do jogo.

“O Governo tem um plano para garantir a competitividade do jogo e do turismo”, assegurou durante uma sessão plenária na Assembleia Legislativa que serviu para responder às perguntas dos deputados sobre as Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2019 que foram apresentadas na quinta-feira pelo executivo.

Chui Sai On afirmou ainda que está a ser realizada uma aposta na diversificação na oferta turística, em especial na área de convenções e exposições, algo que pode ser potenciado com a mega ponte inaugurada no início de novembro.

O chefe do Governo de Macau também prometeu hoje aumentar o apoio às empresas para que estas reforcem a sua competitividade em projetos como o da futura metrópole mundial que inclui Hong Kong e cidades do interior da China.

O projeto da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove cidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing), com mais de 60 milhões de habitantes, foi o ponto mais focado na sessão da Assembleia Legislativa.

Chui Sai On sublinhou a importância das pequenas e médias empresas de Macau em assumirem o desafio da competitividade face ao desenvolvimento das cidades do interior da China e admitiu a necessidade de se reforçar o apoio a projetos de inovação e empreendedorismo, sobretudo junto dos mais jovens.

O governante alertou, contudo, que os empresários têm de ser capazes de enfrentar os riscos associados ao empreendedorismo.

“Os jovens precisam de mais apoios da nossa parte”, assumiu, defendendo que a inovação e o empreendedorismo exigem “um suporte sistemático”, um dia depois do Governo ter anunciado novas medidas de benefícios fiscais nas LAG para 2019, de forma a favorecer, por exemplo, as empresas de Macau que apostem em projetos inovadores de investigação e desenvolvimento.

O chefe do Governo de Macau já dera hoje a conhecer as LAG aos deputados da Assembleia Legislativa na quinta-feira, cuja concretização estima uma despesa na ordem dos 13,4 mil milhões de euros (122,4 mil milhões de patacas) em 2019, no ano em que se assinalam os 20 anos do regresso de Macau à administração chinesa e em que haverá lugar à mudança de Governo.

O Governo de Macau calculou que as subvenções e comparticipações tenham um custo na ordem dos 18,8 mil milhões de patacas e prevê deixar de arrecadar receitas fiscais no valor aproximado de 4,2 mil milhões de patacas com a aplicação das várias medidas de isenção, redução de taxas e impostos e de devolução de imposto.

O ‘programa de Governo’ inclui ainda diversas referências aos esforços de cooperação regional concertados com a estratégia nacional, com especial destaque para a articulação com as cidades envolvidas no projeto da Grande Baía em áreas como os transportes, segurança, educação, bem como nas áreas jurídicas e culturais.

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