“As melhorias nos custos estruturais vão apoiar-se no excedente laboral em todas as funções”, explica num comunicado a empresa, que assegura que quer “reforçar” a sua “posição competitiva e a sua rentabilidade” na Europa.

“Estamos a tomar decisões contundentes para transformar o negócio da Ford na Europa”, afirma o vice-presidente do grupo Ford e presidente da Ford Europa, Steven Armstrong.

O comunicado sublinha que “a curto prazo a Ford está a acelerar as suas ações chave para se pôr em forma e reduzir custos estruturais”.

A “nova estratégia” inclui o encerramento em agosto próximo da fábrica de Bordéus (França), o fim da produção do modelo C-MAX e Grand C-MAX na fábrica de Saarlouis (Alemanha), uma reconsideração fundamental da sua atividade na Rússia na sociedade de risco partilhado Ford Sollers e a “consolidação” do seu negócio no Reino Unido.

O fabricante adianta que, para alcançar a redução de custos laborais a que se propôs, recorrerá “na medida do possível” a “baixas voluntárias” e trabalhará “estritamente com os parceiros sociais”.

A empresa está a iniciar “consultas formais” com o seu Conselho Laboral e os sindicatos e está “comprometida” a cooperar com todos os atores envolvidos para pôr em marcha a sua estratégia empresarial para a Europa, adianta o comunicado.

A estratégia do fabricante prevê estabelecer três grupos de negócio na Europa: veículos comerciais, veículos para passageiros e importações, “cada um com aspirações definidas e organizações dedicadas”, refere.

A Ford adianta que oferecerá veículos totalmente elétricos e híbridos “para todos os modelos” e que “melhorará ou abandonará” as linhas de veículos “menos rentáveis”.

A empresa refere que avaliará uma “potencial aliança” com a concorrente Volkswagen, o maior fabricante de automóveis da Europa, para “apoiar o crescimento dos veículos comerciais”.