“É protecionismo, é uma afronta aos parceiros estreitos que representam a União Europeia e a Alemanha e ao livre-câmbio”, denunciou Zypries depois da imposição por Trump de taxas às importações de aço e de alumínio e do ataque contra Berlim.

“Trump está a barricar o seu país contra a opinião do seu partido, de numerosas empresas e de economistas”, adiantou a ministra no comunicado, prometendo “uma resposta clara, equilibrada e coordenada com a Comissão Europeia”.

O presidente norte-americano apontou o dedo à Alemanha sobre a questão das trocas comerciais, associando as suas críticas às despesas muito débeis aos seus olhos da Alemanha em matéria de defesa no seio da Nato.

“Nós temos amigos e também inimigos que lucraram enormemente à nossa conta há anos no comércio e na defesa”, declarou Trump. “Se se olhar para a Nato, a Alemanha paga 1% e nós pagamos 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) muito mais elevado. Não é justo”, adiantou.

Berlim, como os outros países da Nato, comprometeu-se a gastar 2% do PIB alemão em despesas de defesa com o horizonte em 2024, contra 1,2% atualmente.

Mas a chanceler Angela Merkel foi forçada, para convencer os sociais-democratas a juntarem-se ao seu novo Governo depois de seis meses de impasse político, a desacelerar os acréscimos previstos das despesas militares, que deverão atingir apenas 1,5% do PIB em 2021, ainda longe do objetivo da Nato.

As criticas norte-americanas na matéria não são novas, mas desde a chegada de Trump à Casa Branca tornaram-se ainda mais fortes. O presidente norte-americano tinha mesmo antes de ser eleito multiplicado os ataques contra a Alemanha, os excedentes comerciais, Angela Merkel e a sua generosa política de 2025-2016 de acolhimento de migrantes.