Segundo as “Estatísticas de Rendas da Habitação ao Nível Local” publicadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento homólogo de 11,0% da renda mediana dos novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares de abril a junho representa uma aceleração face à subida de 9,6% registada no trimestre anterior.

Em cadeia, face ao período de janeiro a março, a renda mediana aumentou 7,7% no segundo trimestre.

Já em número, os 20.750 novos contratos de arrendamento celebrados de abril a junho representam um decréscimo homólogo de 1,2%.

Face ao segundo trimestre de 2022, a renda mediana aumentou em 22 das 25 sub-regiões NUTS III, tendo decrescido nas sub-regiões Terras de Trás-os-Montes (-2,3%) e Alentejo Central (-2,2%) e mantido o valor nas Beiras e Serra da Estrela.

As rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (11,03 euros por metro quadrado (€/m2)), Algarve (8,35 €/m2), na Região Autónoma da Madeira (8,04 €/m2) e na Área Metropolitana do Porto (7,87 €/m2).

De abril a junho, o INE aponta também um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando Lisboa (15,23 €/m2 e +20,8%) e Oeiras (13,22 €/m2 e +20,2%).

“Realçam-se, ainda, com variações homólogas superiores a 20%, os municípios de Vila Franca de Xira (+20,7%) e Guimarães (+20,6%). Simultaneamente, o número de novos contratos decresceu face ao trimestre homólogo em t13 municípios, evidenciando-se o Funchal (-21,7%) e Lisboa (-19,0%)”, acrescenta.

No segundo trimestre de 2023, o valor do 3.º quartil das rendas situou-se acima do valor nacional (11,01 €/m2) nas áreas metropolitana de Lisboa (15,00 €/m2) e do Porto (11,22 €/m2) e no Algarve (11,38 €/m2).

Na Área Metropolitana de Lisboa, o valor mediano das rendas foi superior ao valor do 3º quartil de todas as outras subregiões NUTS III, com exceção do Algarve e Área Metropolitana do Porto.