O técnico de 50 anos assumiu o comando da formação vitoriana de forma provisória e a sua estreia como treinador principal em jogos do primeiro escalão está marcada para as 15:30 de sábado, depois de Moreno ter anunciado a saída no domingo, após o triunfo sobre o Estrela da Amadora (1-0), para a jornada inaugural.

“Não tenho de perceber ou de deixar de perceber. Respeito [a decisão]. Sabemos como era duro para ele nos momentos difíceis. Se fiquei surpreendido? Honestamente fiquei. Só tive conhecimento da decisão depois do jogo [com o Estrela da Amadora] acabar”, afirmou, na conferência de antevisão ao duelo com o conjunto de Barcelos.

João Aroso agradeceu ainda o convite que Moreno lhe endereçou há mais de um ano para “o ajudar na tarefa” de orientar o clube minhoto e disse encarar o primeiro embate como treinador principal na I Liga com “a maior naturalidade possível”.

O ‘timoneiro’ vitoriano lembrou que a preparação do treino, a preparação do jogo e a avaliação do jogo sempre foram “muito partilhadas” por todos os elementos da equipa técnica, princípio que tentou manter ao longo da semana.

“A diferença é que, desta vez, não estava cá o Moreno. Coube-me o papel de liderança, mas disse aos jogadores que a liderança era de todos os elementos da equipa técnica”, especificou.

Na sequência da eliminação da Liga Conferência Europa face aos eslovenos do Celje, na segunda pré-eliminatória, e da saída de Moreno, o plantel deixou a Amadora com “a sensação de que tinha perdido”, apesar de ter ganhado o jogo, e procurou recuperar ao longo da semana, sobretudo “no aspeto mental”, acrescentou.

“Como acontece depois as derrotas, as coisas foram evoluindo em termos anímicos. Sentimos o grupo preparado, unido e com muita vontade de fazer tudo para vencer o jogo”, vincou.

O treinador considerou ainda que o Gil Vicente treinado por Vítor Campelos é “uma equipa boa”, com “dinâmicas semelhantes” às que o treinador apresentava no Desportivo de Chaves em 2022/23, “a nível de estrutura tática e de dinâmicas ofensivas e defensivas”, e reconheceu que a goleada sobre o Portimonense (5-0), a abrir o campeonato, lhe pode “dar confiança”.

“Temos de perceber o que temos de fazer quando temos a bola, percebendo os espaços a explorar, e de perceber o que fazer quando não temos a bola, bloqueando aquilo em que o Gil Vicente é mais perigoso”, disse.

João Aroso referiu ainda que “não vai ser sempre possível” jogar um futebol ao gosto dos adeptos vitorianos, tendo-lhes pedido “apoio durante o jogo todo”, e recusou esclarecer se pode continuar como treinador da equipa, após ter assumido o cargo de forma provisória.

O Vitória de Guimarães recebe o Gil Vicente em desafio da segunda jornada da I Liga portuguesa, marcado para as 15:30 de sábado, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, com arbitragem de André Narciso, da Associação de Futebol de Setúbal.