“[Este jogo] Não é uma decisão final. Temos grandes ambições e queremos manter-nos na Liga dos Campeões. Na época passada, esforçámo-nos muito para nos qualificarmos e, este ano, queremos permanecer na maior competição de clubes. Vamos dar tudo por tudo para vencer o jogo e modificar a dinâmica deste grupo”, apontou o treinador.

Em conferência de imprensa de antevisão do duelo da terceira jornada do Grupo D da prova ‘milionária’, Roger Schmidt não revelou se Bah e Di María — ausentes dos últimos jogos, devido a lesão — podem ser titulares, embora tenham treinado sem limitações.

“Vamos ver com a equipa médica como gerimos essa situação. Não queremos correr riscos, mas, por outro lado, este é uma partida importantíssima. Temos de continuar a trabalhar para termos a oportunidade de os ter, seja de início ou no banco. Temos de garantir que os jogadores estão em condições”, disse, sem querer ‘abrir muito o jogo’.

Os ‘encarnados’ ainda não somaram qualquer ponto, após os desaires com Salzburgo (2-0) — em que o Benfica teve “muito azar” – e Inter Milão (1-0) – onde a segunda parte “não foi do melhor, mas uma derrota em Milão não é necessariamente um problema”.

“Não foi o arranque ideal. Só faltam quatro jogos e, se nós queremos passar à fase a eliminar, teremos de mudar esta dinâmica. Vai ser o objetivo amanhã [terça-feira] a 100%. Contamos com o apoio dos adeptos e com a nossa união e qualidade”, realçou.

Roger Schmidt salientou ainda que os jogos mais importantes de uma temporada “são contra o FC Porto”, apesar da importância que atribui a este jogo com a Real Sociedad, equipa à qual deixou vários elogios, mas mantendo a confiança no triunfo ‘encarnado’.

“Têm uma abordagem muito clara no ataque e são muito bons nas transições. Quando ganham bolas, têm jogadores que estão disponíveis para os contra-ataques. Vejo uma equipa muito boa e sei bem que teremos de jogar no nosso máximo. Eles estão em boa forma, fizeram uma temporada passada excelente e são uma das melhores equipas de Espanha. É uma equipa muito equilibrada”, analisou o técnico germânico, sobre o rival.

O internacional português António Silva marcou igualmente presença no auditório do Benfica Campus, no Seixal, onde apelou à ajuda “muito importante” do 12.º jogador, os adeptos, reforçando a ideia de que a passagem aos ‘oitavos’ ainda é uma realidade.

“É a pressão de jogar no Benfica. Este é um clube enorme, mas estamos habituados no mundo do futebol. Ainda sou muito novo nestas andanças, mas sei a exigência do meu clube. É um encontro para ganhar e darmos tudo”, sublinhou o jovem defesa central.

A prestação defensiva das ‘águias’ tem sido inferior à da derradeira temporada, mas António Silva garantiu que é um aspeto que têm trabalhado nos treinos para reverter.

“Se olharmos para o ano passado, sofremos muito menos golos. É algo muito coletivo, sabemos que temos ainda muito para melhorar. É um aspeto que trabalhamos durante a semana e esperamos reverter essa situação”, frisou o jogador, que falhou o duelo da segunda jornada devido a castigo, depois da expulsão na estreia, nos minutos iniciais.

O campeão nacional Benfica, último classificado do Grupo D, ainda sem pontos, recebe na terça-feira os espanhóis da Real Sociedad, que lideram, com quatro, no Estádio da Luz, em Lisboa, em jogo da terceira ronda, com arbitragem do francês Clément Turpin.