A procuradoria de Koblenz abriu a investigação após mensagens na rede Instagram em que o jogador apoiava os palestinianos, terminando com a frase “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, entendido por alguns como apelo à destruição de Israel e por outros como apelo à igualdade de direitos entre palestinianos e israelitas.

Agora, na rede X (ex-Twitter), o clube germânico diz que colocou “termo, com efeito imediato, à relação contratual com Anwar El Ghazi”, reagindo às “declarações e posts do internacional neerlandês nas redes sociais”.

Para a justiça de Koblenz, El Ghazi terá assumido um “discurso de ódio” nas mensagens em questão, publicadas em 17 de outubro.

El Ghazi já estava suspenso pelo clube, que se dizia disposto a reintegrá-lo, já que nas reuniões com a direção do Mainz se “distanciou da mensagem publicada na conta Instagram, apagada alguns minutos depois”.

Na quarta-feira, o médio internacional neerlandês reafirmou a sua posição, também numa publicação no Instagram: “não lamento nada, ou não tenho remorsos, em relação à minha posição. Não me distancio do que disse ou do que defendo, hoje e até ao meu último fôlego, pela humanidade e pelos oprimidos”.

El Ghazi, que estava sem clube, fora contratado em 22 de setembro pelo Mainz e jogou 51 minutos, em três jogos da Bundesliga.

Israel desencadeou uma guerra para “aniquilar’ o Hamas, em reação ao sangrento ataque sem precedentes perpetrado em 07 de outubro pelo movimento islamita palestiniano, cujos elementos mataram pelo menos 1.400 pessoas, na sua maioria civis israelitas, próximo da fronteira com a Faixa de Gaza.

Segundo as autoridades israelitas, foram então feitos pelo menos 240 reféns, que continuam no território palestiniano.

O balanço hoje publicado pelo Hamas contabiliza 9.227 mortos, dos quais 3.826 crianças, devido aos bombardeamentos das forças israelitas a Gaza.