O escocês Alex Ferguson, o treinador de maior sucesso dos ‘red devils’ e um dos poucos que rivaliza em importância com Bobby Charlton, foi uma das muitas pessoas ligadas ao clube presentes no funeral do campeão mundial em 1966, que morreu em 21 de outubro, aos 86 anos.

O príncipe William, presidente da Federação Inglesa de Futebol, assistiu à cerimónia, realizada na Catedral de Manchester, perante cerca de 1.000 convidados, tal como antigos e atuais futebolistas e outras figuras de relevo do futebol mundial, como o presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin.

Ryan Giggs, Wayne Rooney, Paul Scholes, Ole Gunnar Solskjaer e Roy Keane foram algumas das referências do Manchester United que estiveram presentes, mas não o atual treinador, o holandês Erik ten Hag, devido ao que o clube qualificou de “compromissos inadiáveis”.

Harry Maguire, Luke Shaw, Jonny Evans e Tom Heaton foram os únicos elementos do atual plantel a prestar a última homenagem ao antigo avançado, uma vez que vários jogadores estão a caminho das respetivas seleções nacionais, entre os quais os portugueses Diogo Dalot e Bruno Fernandes.

O cortejo fúnebre iniciou-se no estádio Old Trafford, onde passou por uma guarda de honra formada por jovens jogadores dos ‘red devils’ e nas imediações do qual estão colocadas muitas coroas de flores e outros objetos em memória de Bobby Charlton, que serão depositados no museu do clube.

Robert Charlton nasceu em 11 de outubro de 1937, em Ashington, e chegou em 1954 aos ‘red devils’, clube no qual permaneceu até 1973, tendo-se sagrado três vezes campeão inglês e uma da Europa, antes de rumar ao Preston North End (1973/74) e Waterford (1975).

Irmão do também campeão do mundo em 1966 Jack Charlton, Bobby Charlton foi, juntamente com o treinador Matt Busby, um dos sobreviventes do acidente aéreo que vitimou oito jogadores do Manchester United, em Munique, em fevereiro de 1958.

Um dos ‘Busby babes’, Bobby Charlton esteve na reconstrução do Manchester United, alcançando os títulos de campeão inglês em 1964/65 e 1966/67 — juntando-os ao cetro de 1956/57 — e a Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1967/68, marcando dois dos golos da vitória por 4-1 frente ao Benfica, na final, em Wembley.

“Formado na nossa academia de juniores, Sir Bobby disputou 758 jogos e marcou 249 golos durante 17 anos como jogador do Manchester United, vencendo a Taça dos Campeões Europeus, três títulos da Liga e a Taça de Inglaterra. Pela Inglaterra, ele somou 106 partidas pela seleção e marcou 49 golos, além de vencer o campeonato do mundo de 1966”, lembrou o Manchester United, no dia em que morreu.