Um jogo entre Belenenses e Gil Vicente será sempre mais do que um simples jogo de futebol. A rivalidade não só é antiga como foi ‘apimentada’ com o ‘caso Mateus’, que ditou a descida administrativa dos gilistas na temporada 2005/06 para a II Liga e a consequente manutenção dos ‘azuis’ no escalão maior do futebol português.

Somado a isto estavam também os dois últimos braços de ferro entre as duas equipas. Na temporada 2014/15, a última em as duas equipas mediram forças, a formação do Restelo ganhou os dois jogos do campeonato, ambos por 2-0.

Episódios que continuam gravados na memória dos adeptos da equipa de Barcelos, bem patente no fulgor com que os adeptos se fizeram ouvir sempre que o animador gritava pelo Belenenses.

Talvez por isso quando viram o voo de Midana Sambú, aos dois minutos, a atirar de cabeça a bola para o fundo das redes do Gil Vicente, na sequência de um canto cobrado por Chapi Romano, não esmoreceram e mantiveram a chama viva.

A partir daí, a posse de bola, e o sentido de jogo, pertenceu ao Gil Vicente, que viu o guarda-redes do Belenenses Guilherme Oliveira negar a igualdade, aos 14 e aos 47 minutos, nos remates de Roko Baturina e Maxime, respetivamente.

Não foi por isso de espantar que Roko Baturina, aos 68 minutos, fizesse o empate para o Gil Vicente, a assistido por Fujimoyo, que recuperou a bola de cabeça na zona do meio campo e o lançou para o 1-1.

A mão de Duarte Valente, dentro da área, aos 80, ‘obrigou’ o árbitro algarvio Nuno Almeida a assinalar grande penalidade, contudo o remate de Murilo acabou defendido por Guilherme Oliveira, guarda-redes que já nada pôde fazer perante Fujimoto, aos 87, que selou o resultado, com um remate forte à entrada da área.