O pivô português dos catalães, Luís Frade, foi quem mais marcou no lado dos visitantes, seis golos em sete tentativas, enquanto os ‘dragões’ Victor Iturriza, Rui Silva e Antonio Martinez marcaram cinco cada.

Em dia de celebração dos 130 anos do clube portista, o FC Barcelona, campeão de Espanha por 13 vezes consecutivas, era teoricamente favorito à vitória no Dragão Arena, com ‘azuis e brancos’ e ‘blaugranas’ a reencontrarem-se, depois de terem disputado a final da Supertaça Ibérica, a 03 de setembro, vencida pelos catalães (44-38).

À entrada para o encontro, os ‘dragões’ traziam consigo um registo europeu entusiasmante, naquele que se revelava um excelente começo para Carlos Resende no comando técnico — as duas vitórias nos dois primeiros jogos, frente a Wisla Plock (Polónia) e Celje (Eslovénia), colocavam os portugueses na liderança partilhada do grupo B, com quatro pontos.

Com a mesma pontuação estava o FC Barcelona, sem qualquer derrota na temporada, e a vitória expressiva diante dos campeões europeus, os alemães do Magdeburgo, por 32-20, deixava antever um encontro difícil para o FC Porto.

Sob forte apoio dos adeptos, que lotaram na totalidade o Dragão Arena, o tetracampeão nacional teve uma entrada promissora na partida, marcada pela forte agressividade no processo defensivo e com o guardião Nikola Mitrevski em evidência — o macedónio somou três boas defesas nos primeiros 15 minutos.

Com intensidade, o conjunto de Carlos Resende chegou a alcançar uma vantagem de 4-2, por António Martinez, à entrada do quinto minuto, mas gradualmente o maior poderio dos espanhóis fez-se sentir, ao responderem com um parcial de 3-0 logo de seguida, numa fase mais negativa também precipitada pela suspensão de dois minutos imposta a Pedro Valdés.

Luís Frade, o luso do emblema catalão, e o esloveno Blaz Janc registaram ambos cinco golos em seis tentativas, no primeiro tempo, eficácia que os ‘azuis e brancos’ não conseguiram igualar, ao permitirem variadas defesas a Emil Nielsen (19, ao longo do encontro), com o guarda-redes a ter sido o grande protagonista da partida.

Se a desvantagem de quatro golos ao intervalo (19-15) tornava difícil, para o conjunto nacional, a obtenção de uma vitória — ou mesmo um novo empate, como aquele registado em 2021 (33-33) -, a entrada na segunda parte tornou quase impossível a recuperação.

Sem o mesmo fulgor inicial, o FC Porto mostrou alguma incapacidade nas suas posses e deixou o FC Barcelona fugir no marcador até uma desvantagem de nove pontos (26-17), quando estavam disputados 11 minutos da segunda meia hora.

Com Rui Silva e Antonio Martínez em bom plano, o FC Porto conseguiu reduzir parcialmente a vantagem, num resultado que podia ser diferente, não fosse a notável exibição de Nielsen, mas o conjunto ‘blaugrana’ manteve a vantagem na ordem dos seis ou sete praticamente em todos os momentos, não deixando margem para os ‘dragões’ discutirem de forma alguma o encontro, que acabaria num castigador 38-30.

Com este resultado, os ‘dragões’ mantém os quatro pontos na Liga dos Campeões, enquanto o FC Barcelona soma seis e retém a liderança do grupo B.

Ficha de jogo:

Jogo no Dragão Arena, no FC Porto.

FC Porto, Por — FC Barcelona, Esp, 30-38.

Ao intervalo: 15-19.

Sob a arbitragem de Charlotte Bonaventura e Julie Bonaventura (França) as equipas alinharam com os seguintes jogadores:

– FC Porto (30): Nikola Mitrevski, Pedro Oliveira, Pedro Valdés, Rui Silva (5), Victor Iturriza (5), Fábio Magalhães (3) e Antonio Martínez (5). Jogaram ainda: André Sousa, Salina Daymaro (4), Diocou Soumaré (3), Nikolaj Læsø (4) Vasco Costa (1) e Pedro Oliveira.

Treinador: Carlos Resende.

– FC Barcelona (38): Emil Nielsen, Jonathan Carlsbogard (4), Mem Dika (2), Timothey N’Guessan (2), Luís Frade (6), Hampus Wanne (3) e Janc Blaz (5). Jogaram ainda: Pol Valera, Aitor Ariño (5), Aleix Gómez (3), Thiagus Petrus, Haniel Langaro (1), Petar Cikusa e Javi Rodríguez (4).

Treinador: Carlos Ortega.

Marcha do marcador: 4-3 (5 minutos), 7-7 (10), 10-10 (15), 12-14 (20), 14-16 (25), 15-19 (intervalo), 17-25 (35), 20-27 (40), 23-29 (45), 26-32 (50), 27-34 (55) e 30-38 (final).

Assistência: cerca de 2.000 espetadores.