O encontro não se realizou por falta de policiamento no Estádio Municipal de Famalicão e não tem ainda data marcada, devido às dificuldades de calendário para reagendar a partida por parte dos ‘leões’, que viram o Benfica passar para primeiro lugar após vencer o seu encontro da 20.ª jornada, mas o técnico chega a ver nisso “uma vantagem”.

“Não muda nada. Depende da perspetiva e vou falar de mim. Na minha cabeça, estamos a dois pontos do primeiro classificado. Queremos manter a nossa posição, é como se o jogo não tivesse existido e depois lidaremos jogo a jogo e faremos as contas no fim”, começou por dizer Rúben Amorim, em conferência de imprensa, na Academia Sporting, em Alcochete.

Mais tarde, explicou que os ‘leões’ só dependem de si, no sentido em que têm de “ganhar todos os jogos”, e insistiu que tudo depende da forma como se olha “não só para esses problemas, como para a vida”.

“Na minha cabeça, nós queremos ganhar o campeonato e temos dois pontos de atraso. Na minha cabeça, torna-se uma vantagem, porque nós queremos ir atrás do primeiro lugar, mesmo com um jogo a menos. Este jogo a menos, na minha cabeça, não existe”, reiterou.

Sobre as dificuldades para reagendar o encontro, devido à falta de disponibilidade de calendário do Sporting, Amorim expressou o desejo de “que seja bem mais para a frente”, uma vez que isso “é sinal” de que os ‘leões’ estão “nas competições todas”.

Por outro lado, rejeitou a ideia de que a ação de protesto da polícia, que esteve na origem do adiamento do encontro, tenha sido concertada para prejudicar o Sporting.

“Acho bem que os polícias lutem pelos seus direitos e, se calhar, têm todas as razões para isso. As pessoas olharam para isso e viram que foi o único jogo [da I Liga] que não existiu, quer no sábado, quer no domingo, e isso pode causar alguma estranheza. Mas, volto a dizer, muito sinceramente, não penso nada disso”, refutou.

O treinador do Sporting falou sobre o adiamento do encontro com o Famalicão, da I Liga de futebol, na antevisão da partida da Taça de Portugal, agendada para quarta-feira, no terreno da União de Leiria.

O encontro entre o Famalicão e o Sporting estava inicialmente previsto para as 18:00 e, já depois de remarcado para as 19:00, foi definitivamente adiado por falta de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) no local.

A falta de agentes da PSP para supervisionar o jogo entre minhotos e ‘leões’ deu-se após protestos das forças de segurança em Lisboa e no Porto, relacionados com a atribuição do suplemento de missão.

Um elevado número de baixas médicas na PSP resultou na falta de agentes para o policiamento do jogo, situação que levou já a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) a solicitar medidas ao Governo.

No exterior do estádio ocorreram ainda confrontos entre adeptos afetos a ambas as equipas, que provocaram ferimentos em seis pessoas.