A Venezuela depara-se desde quinta-feira com um corte de eletricidade que está a afetar várias zonas da capital, Caracas, e mais de metade do território.

O líder da oposição venezuelana, que classificou este “apagão” como uma “catástrofe”, referiu ontem numa conferência de imprensa em Caracas, que a Assembleia Nacional (parlamento) ia reunir-se hoje de emergência "para avaliar e decretar um estado de emergência nacional e tomar as ações" em conformidade.

Na sua conta de Twitter, Juan Guaidó informou já ter entregue o pedido à Assembleia Nacional.

“Cumprindo com as minhas competências constitucionais como Presidente, enviei à Assembleia Nacional o pedido para que se decrete o estado de emergência em todo o território nacional devido à tragédia que se vive no país por causa do apagão nacional continuado”, pode ler-se.

No sábado, as agências internacionais relataram que a eletricidade tinha sido restabelecida em algumas zonas de Caracas, mas que o “apagão” ainda afetava vários bairros da capital venezuelana e mais de metade do território do país.

O governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, assegura que o corte de energia foi provocado por “um ato de sabotagem” na principal central hidroelétrica do país, controlada pelo Estado, apontando responsabilidades à oposição venezuelana e aos Estados Unidos.

Este “apagão” surge em plena crise política na Venezuela, que se agravou no passado dia 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.