Os números atualizados hoje por aquele organismo da ONU apontam para, pelo menos, 1.793 civis mortos desde o início da invasão, incluindo 458 homens, 294 mulheres, 27 raparigas, 46 rapazes e 69 outras crianças, e 899 adultos cujo sexo ainda não foi apurado.

Entre os feridos contam-se 279 homens, 213 mulheres, 47 raparigas, 46 rapazes e 136 crianças e 1.718 adultos de sexo desconhecido.

Nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste do país, morreram 642 pessoas e 1.238 foram feridas: 571 mortos e 963 feridos em território controlado pelo Governo de Kiev, e 71 mortos e 275 feridos em zonas dos separatistas pró-russos.

Em Kiev, Kharkiv, Kherson e outras localidades, contam-se 1.151 mortos e 1.201 feridos em alturas em que estavam sob controlo das forças ucranianas.

A maior parte das baixas foi provocada por armas explosivas de grande impacto, incluindo artilharia pesada, ‘rockets’, mísseis e outras armas usadas em ataques aéreos.

O Alto Comissariado para os Direitos Humanos considera que “os números reais são consideravelmente mais altos”, uma vez que as informações de baixas entre civis chegam lentamente de algumas regiões e ainda há números comunicados que carecem de confirmação, como por exemplo, as que se referem a cidades como Mariupol, no leste do país, ou Borodianka (região da capital), onde “há alegadamente muitas baixas civis”.

Por esse motivo, ainda não estão incluídos na avaliação atualizada hoje, esclarece.

A agência da ONU salienta ainda que o aumento no balanço de baixas civis em relação à atualização anterior, divulgada no dia 08, não se deve apenas às baixas ocorridas no sábado, uma vez que todos os dias são confirmados dados dos dias anteriores.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.