Lior Rudaeff, 61 anos, "foi assassinado em 7 de outubro e seu corpo foi levado para Gaza por terroristas do Hamas", indicou a principal associação israelita de familiares de reféns.

O anúncio da sua morte coincide com a retomada das negociações indiretas no Cairo entre Israel e o movimento islamista Hamas sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza após sete meses de guerra. As conversas acontecem com a participação de mediadores do Qatar, Egito e dos Estados Unidos.

"O governo israelita tem o importante dever moral de buscar todas as vias nas atuais negociações para trazer Lior de volta a Israel", acrescentou o Fórum.

Rudaeff "merece um enterro digno na sua terra natal" e o governo israelita "também deve garantir o retorno rápido de todos os reféns com vida", continuou a associação.

Rudaeff era membro da equipa de segurança do kibutz Nir Yitzhak, atacado por comandos do Hamas. "Por quatro décadas, ele foi um motorista voluntário de ambulância, o primeiro a oferecer-se para ajudar quem precisasse", descreveu o Fórum. Ele era "um argentino de coração" e um ciclista apaixonado, acrescentou.

O movimento islamista invadiu o sul de Israel em 7 de outubro, matando mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, e sequestrando 250, segundo uma contagem da AFP com base em dados israelitas.

Israel estima que, após uma troca de reféns por prisioneiros palestinianos em novembro, 128 pessoas permaneceram cativas em Gaza, duas quais 36 estarão mortas.

A ofensiva de retaliação lançada por Israel até o momento deixou 34.789 mortos em Gaza, na grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas no território palestiniano.