A chefe de Estado pediu ao parlamento que inicie os preparativos necessários para o referendo, cuja realização está dependente, desde logo, de um apoio de um terço dos deputados.

“Este ano enfrentamos um ponto de viragem e penso que é importante sermos muito claros sobre a importância desta oportunidade e a necessidade de tomar medidas para avançar neste sentido. O referendo do outono sobre a adesão da Moldova à UE permitirá refletir a decisão dos cidadãos na Constituição”, declarou Maia Sandu, numa conferência de imprensa.

A antiga economista do Banco Mundial tem defendido o fortalecimento dos laços com a UE e feito fortes críticas à invasão russa da vizinha Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, tendo até acusado o Grupo Wagner – uma organização mercenária ligada ao Kremlin (presidência russa) – de ter tentado planear um golpe para a retirar da presidência.

Maia Sandu manifestou-se ainda disponível para concorrer a um novo mandato à frente do país, noticiou a agência moldova Nokta.

“Todos compreendem as vantagens de aderir à UE”, sublinhou a Presidente, antes de detalhar os diversos contactos que tem mantido com vários setores, como a cultura, educação ou desporto.

“Falei com empresários, organizações, organizações não-governamentais (…) e todos disseram que veem a Moldova como uma família europeia e que querem que isso aconteça o mais rápido possível”, acrescentou.

Um dos focos de preocupação do país é a Transnístria, uma região separatista pró-Rússia da Moldova, na fronteira com a Ucrânia, onde as tensões têm sido elevadas desde o início da ofensiva de Moscovo contra Kiev.

Em meados de dezembro passado, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova.