Segundo os dados da projeção da televisão pública espanhola (TVE), divulgada após o fecho das assembleias de voto, às 20:00 locais (19:00 em Lisboa), o PP conseguiu mesmo maioria absoluta e vai eleger entre 58 e 61 dos 109 deputados do parlamento andaluz, mais do que duplicando os 26 assentos que obteve nas eleições anteriores, em 2018.

Outras projeções dão também a vitória ao PP com duplicação dos assentos no parlamento andaluz, mas sem certeza de conseguir os 55 deputados necessários para a maioria absoluta.

Este será, se se confirmar, o melhor resultado de sempre da direita na Andaluzia, região no Sul de Espanha considerada durante décadas um bastião dos socialistas espanhóis.

As projeções dão aos socialistas entre 26 e 30 deputados, depois de terem conseguido 33 há quatro anos, quando foram o partido mais votado, mas foram destronados pela primeira vez do governo regional pelo PP na sequência de uma coligação pós-eleitoral com os liberais de direita dos Cidadãos e o apoio parlamentar da extrema-direita do Vox.

Segundo a projeção da TVE, o PP não precisará agora do apoio do Vox para governar, sendo que esta possibilidade dominou os debates durante a campanha eleitoral.

A projeção de resultados da TVE dá uma pequena subida ao Vox em relação a 2018, quando teve 12 deputados e entrou pela primeira vez num parlamento regional em Espanha, enquanto outros estudos feitos à boca das urnas apontam para um aumento maior da extrema-direita, que poderia chegar a ter entre 17 e 20 deputados.

Já o atual aliado de Governo do PP na Andaluzia, o Cidadãos, pode desaparecer do parlamento regional, segundo as projeções, o que, a confirmar-se, segue a linha de resultados que o partido tem obtido em sucessivas eleições em Espanha desde 2019.

Outras duas candidaturas de esquerda deverão conseguir representação parlamentar na Andaluzia com as eleições de hoje: Pela Andaluzia (4 a 7 deputados) e Em frente Andaluzia (3 a 4 deputados), segundo as projeções.

As duas candidaturas conseguirão assim menos do que os 17 deputados eleitos há quatro anos, quando se apresentaram apenas numa lista às eleições regionais, antes de uma cisão.