Citada em comunicado, Maria do Céu Antunes adiantou que, das 44 albufeiras hidroagrícolas, a maioria tem a campanha de rega assegurada. No entanto, Monte de Rocha, Bravura e Campilhas estão em “situação crítica”.

As barragens de Vigia, Odivelas, Roxo e Fonte Cerne não estão em situação de risco, apontou a governante, vincando que “chegou hoje água, pela primeira vez, a Fonte Cerne, vinda do Alqueva”.

Os ministros da Agricultura e do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, participaram hoje num debate parlamentar sobre a situação de seca em Portugal.

Na sua intervenção no debate, Maria do Céu Antunes lembrou que se atravessa “um contexto difícil, ainda marcado pela recuperação dos efeitos da pandemia e pelo aumento dos custos de produção” e que a seca, que assola Portugal e Espanha “vem agravar a instabilidade destes tempos”.

Por isso, acrescentou, “o Governo tem estado a acompanhar e a monitorizar a situação”.

A ministra disse também que o despacho que reconhece seca severa ou extrema em quase todo o país e permite acionar medidas de apoio foi assinado na quarta-feira.

Segundo a governante, a assinatura do despacho “permite hoje já termos na rua medidas significativas” para fazer face aos efeitos da seca em que Portugal se encontra e que afeta os agricultores.

No comunicado divulgado, o executivo reiterou que são precisos dois meses consecutivos de seca, entre outubro e março, confirmados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) para se declarar seca severa.

A situação é mais preocupante no Algarve, mas o Governo indicou que “está em marcha” a implementação do Plano de Eficiência Hídrica e que estão a ser investidos mais de 17 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na agricultura.

Soma-se ainda um milhão de euros do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR).

“Para termos uma atividade agrícola rentável, que viabilize a gestão ativa do território e impeça a desertificação física e humana, precisamos de água. Para isso, temos de continuar a investir no regadio coletivo e eficiente, aumentando a capacidade de armazenamento e aplicando, cada vez mais, conhecimento e tecnologia de precisão na gestão e utilização deste recurso”, referiu a governante ao concluir a sua intervenção no debate.