A situação, que traduz uma tendência registada na região nos últimos anos, acarreta dificuldades na colocação de professores e educadores de infância: cerca de 80 educadores não têm lugar, além de professores que "não possuem horário".

O executivo regional está a trabalhar em soluções para o problema, indicou, à margem da abertura da nona edição do Congresso de Educação Artística, no Funchal.

"Vamos afetar esses recursos às escolas de forma a que possam também, em projetos ou naquilo que são as atividades da escola, dar o seu contributo", explicou Jorge Carvalho, pormenorizando que no caso das educadoras de infância foi decidido "afetar uma educadora a todas as salas que tenham educadoras com 60 ou mais anos”, gerando-se assim uma colaboração.

O governante referiu que até ao final da semana deverá ficar resolvida a situação de cerca de 200 professores que não têm ainda colocação no sistema regional.

"Durante esta semana são identificadas algumas necessidades, que podem ser resultado de baixas médicas ou de ausências de colocação. Nós contamos, até sexta-feira, ter esses dados e podermos através da contratação de professores colmatar essas mesmas necessidades, de forma a que na próxima semana esteja tudo a postos para o arranque do novo ano letivo", afirmou.

Na segunda-feira, o Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) criticou a política de colocação destes profissionais na região, acusando a tutela de não proceder às colocações "antes do final de agosto".

Numa ação simbólica que levou o SPM até à porta do Instituto Regional de Emprego, no Funchal, estiveram docentes contratados e desempregados, com o responsável do sindicato, Francisco Oliveira, a denunciar que, "neste momento, há cerca de 500 professores que aguardam colocação e são professores que estão no ensino há muitos anos".