“Considerando a globalidade da RFN, o indicador de desempenho apurado em 2021 (5,02) traduz uma variação positiva bastante relevante face ao valor verificado em 2020 (4,95)”, indicou, em comunicado.

A IP concluiu a avaliação do Estado da Infraestrutura para 2021, uma ferramenta de gestão da empresa, que junta os indicadores recolhidos pela atividade regular de inspeção à condição das infraestruturas ferroviárias e rodoviárias que estão sob a sua gestão.

A evolução verificada é, sobretudo, justificada pela melhoria nos ativos de via e de suporte de tração, o que resulta de intervenções executadas em 2021, assim como da entrada ao serviço de novos ativos.

Destacam-se aqui o troço Covilhã/Guarda, na linha da Beira Baixa, e, no caso da catenária, a entrada ao serviço da eletrificação do troço Viana/Valença-Fronteira, na linha do Minho.

Segundo a IP, no que se refere aos ativos de via, a recuperação incide sobre os que, globalmente, estão pior classificados face aos restantes, “direcionando assim a empresa os seus investimentos para os locais tidos como prioritários ao nível da recuperação do seu desempenho”.

Os dados revelam ainda que, no caso dos ativos de suporte à tração, mais de 92% estão em estado bom ou razoável, enquanto na sinalização de segurança a percentagem fixou-se em 79%, sem ativos em estado insatisfatório.

No caso das obras de arte, a variação “é muito ligeira” face ao ano anterior, assinalando-se também “a variação positiva verificada nas estruturas geotécnicas”.

Em 2021, tendo em conta a totalidade dos ativos da RFN, 74% dos avaliados estavam em estado bom ou razoável, em linha com o que foi verificado em 2020.

“Os resultados alcançados traduzem efetivamente um aumento do investimento ao nível da manutenção, cujo valor anual em 2016 para os grupos de ativos aqui referidos foi de 59,8 milhões de euros, subindo consecutivamente em termos anuais, atingindo um valor de 93,6 milhões de euros em 2021”, lê-se no documento.

A IP perspetiva ainda um “impacto positivo” no estado da rede ferroviária, face ao Plano de Investimentos Ferrovia 2020 e, considerando os investimentos em curso a concluir em 2022, “prevê-se a continuação da tendência de melhoria do estado global”.

Por sua vez, o indicador de desempenho da Rede Rodoviária Nacional (RRN) mantém-se estável em 4,86.

Conforme detalhou a IP, tendo em conta os ativos considerados, houve uma “ligeira variação” nas obras de arte, cujo indicador passou de 5,29 em 2020 para 5,28 em 2021, e nos pavimentos, que passaram de 4,66 em 2020 para 4,67 em 2021.

Nestes casos, a percentagem de ativos em estado bom ou razoável foi de, respetivamente, 91% e 79%.

“Também na RRN a empresa tem aumentado o investimento ao nível da manutenção, cujo valor anual em 2016 foi de 47,8 milhões de euros, crescendo em termos anuais e atingindo um valor de 83,4 milhões de euros em 2021”, acrescentou.

A IP perspetiva ainda uma tendência de estabilização do estado global da RRN, perante os investimentos em curso e a concluir.