“Atualmente eles têm mais caças à sua disposição do que há duas semanas”, assegurou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em conferência de imprensa.

Sem entrar em mais detalhes sobre o que outros países forneceram, a mesma fonte acrescentou que Kiev recebeu aeronaves adicionais e peças de reposição que permitem aumentar a sua frota.

John Kirby também não especificou o tipo de aeronave fornecida às Forças Armadas ucranianas, que têm vindo a pedir aviões de combate há várias semanas, embora tenha dado a entender que era caças fabricados na Rússia.

"Outras nações que têm experiência com esse tipo de aeronaves foram capazes de ajudar [Kiev] a colocar mais caças operacionais”, revelou, citado pela agência AFP.

O porta-voz do Pentágono especificou que os Estados Unidos, que não pretendem ser vistos como um país beligerante neste conflito, facilitaram o envio de peças de reposição para território ucraniano, embora não tenham enviado aviões.

Kiev tinha pedido aos parceiros ocidentais os caças Mig-29, de fabrico soviético, que os militares ucranianos já estão familiarizados e que vários países do leste europeu possuem.

Uma possível transferência destes aviões de combate da Polónia para a Ucrânia chegou a ser discutida no início de março, antes dos Estados Unidos terem recuado, por temerem que a Rússia pudesse ver esta ação como um envolvimento direto da NATO no conflito.

Na semana passada, o Presidente dos EUA, Joe Biden, comunicou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o envio de um pacote adicional de assistência militar de 800 milhões de dólares, com armas mais letais, para enfrentar a Rússia na nova fase do invasão mais focada no Donbass, no leste da Ucrânia.

Líderes dos países ocidentais e aliados da Ucrânia reuniram-se esta terça-feira, por iniciativa de Biden, e comprometeram-se a reforçar “ainda mais” as sanções contra a Rússia e intensificar a assistência financeira e de segurança a Kiev.