“O Pavilhão já teve cerca de 42 mil visitas, o que tendo em conta que ontem [sexta-feira] se celebraram 700 mil visitas à Expo como um todo, quer dizer que não estamos muito longe do nosso objetivo médio, que é estar à volta dos 7% de visitantes”, afirmou Luís Castro Henriques, ou seja, entre os 5% e 7%.

“Nesse sentido tem corrido bem, também temos visto vários padrões de visita que são interessantes, como é óbvio com a temperatura que temos ao longo deste mês, há muito mais visitas no período da noite do que durante o dia”, salientou o comissário-geral e também presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

A Lusa constatou que o número de visitantes aumenta no final do dia, devido às temperaturas elevadas acima dos 35 graus, o que torna as caminhadas na Expo muitas vezes penosas.

Localizado no sul do Dubai, o local conta com 4,38 quilómetros quadrados, dos quais cerca de dois quilómetros quadrados são área fechada.

Luís Castro Henriques salientou que o ‘feedback’ dos visitantes do Pavillhão de Portugal – com uma área de 1.800 metros quadrados – “tem sido muito positivo”.

Por isso, “estou satisfeito”, disse, destacando que “na última semana” houve “um aumento muito grande”, considerando que agora deverá estabilizar: “Espero que acima das 3.000 e muitas”.

Por isso, o balanço de quase um mês da Expo 2020 Dubai é “muito positivo”.

E porquê? “Primeiro, a operação arrancou logo desde o início, é uma operação relevante, com tudo pronto, tudo preparado e eu creio que isso é uma vitória concretizada”, destacou Luís Castro Henriques.

O segundo aspeto é que os visitantes “estão satisfeitos”, salientou, apontando que o tráfego de visitantes em linha com o que estavam à espera.

O terceiro “é que mesmo assim, em três semanas, já fizemos um conjunto de envetos aqui no Pavilhão”, bem como uma “série de visitas de alto nível, de membros do Governo de Portugal, mas também de muitos outros países de visitantes reconhecidos até localmente que vêm aqui ao Pavilhão”, sublinhou.

Acresce a combinação “com a semana das TIC [tecnologias de informação e comunicação]”, que decorreu esta semana, bem como “a inauguração que iremos ter amanhã [domingo], no âmbito das Nações Unidas”, depois de hoje decorrerem eventos ligados ao dia da União Europeia.

“Creio que de facto em três semanas já se fez muita coisa”, rematou.

Sobre o que acontecerá no domingo, Luís Castro Henriques salientou que haverá a inauguração de uma obra de arte, sobre a qual não quis avança detalhes, embora já esteja visível.

“Isto é uma parceria entre a AICEP e o Pavilhão de Portugal com a Estrutura de Missão” para a comemoração dos 500 anos da circum navegação de Fernão Magalhães, “em que iremos apresentar uma obra de arte alusiva exatamente” a este tema e “ao facto dessa ter sido uma expedição que mais uma vez os portugueses fizeram para ligar o mundo e para conectar pessoas à volta do mundo, que é exatamente essa temática do nosso Pavilhão “Portugal, um mundo num país”, mas também se formos a ver a temática de toda a Expo”, prosseguiu.

Questionado sobre se tem notado visitantes com interesse em investir, Luís Castro Henriques afirmou: “Tenho, isto é, este não é um momento de captação de investimento assim óbvio”.

Das perguntas que são feitas aos visitantes à saída, o comissário-geral classifica como “muito interessante” que estes depois de terem a experiência no Pavilhão, admitem nunca terem ido a Portugal, mas que a “a seguir a isto” pretendem visitar o país.

“Portanto, esse é um primeiro efeito positivo, depois das interações que temos tido ao longo do tempo com os visitantes institucionais, o que nós percebemos é que eles percebem muito bem a mensagem” do que é “o Portugal do século XXI e como é que completamos muito bem e seguimos esta tradição dos últimos 500 anos de ligar pessoas”, prosseguiu.

No fundo, estão a descobrir que Portugal é país “aberto, competitivo, dedicado a uma série de setores que são altamente competitivos e inovadores e que está a ter sucesso no mundo”.

Sobre as futuras iniciativas do Pavilhão de Portugal, Luís Castro Henriques disse que irá continuar a haver uma agenda cultural e musical até final do ano.

“Vamos ter um mês [de novembro] dedicado à fileira casa (…), mas também um conjunto de atividades artesanais ou ‘saber fazer’ e vamos ter também interações com designers, portanto, no fundo, vamos demonstrar esta nossa capacidade de inovar através de ‘design’ e de aliar, acima de tudo, tradição e inovação”, referiu.

“No meio disso também iremos falar obviamente, aqui na Expo, de sustentabilidade. Creio que temos um mês de novembro pela frente muito interessante em termos de conteúdo, depois teremos a moda, como um todo, desde o vestuário até à joalharia, durante o mês de dezembro”, revelou.

“Temos dois meses pela frente com muitos setores em destaque e estou certo com excelentes momentos para conhecerem melhor Portugal”, sintetizou Luís Castro Henriques.

A Expo 2020 Dubai, que teve de ser adiada para este ano devido à pandemia, termina em março de 2022.