Li salientou que, “em questões que dizem respeito aos principais interesses da China, incluindo Taiwan, não há espaço para compromissos ou concessões”, de acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa chinês.

“Quem nos provocar vai descobrir que a China reagirá com firmeza”, disse.

De acordo com Li, se os Estados Unidos “mantiverem a sua palavra de não apoiar a ‘independência de Taiwan’ ou não procurarem conflitos com a China, ambos os países poderão cooperar de formas mutuamente benéficas”.

“Neste momento, ambos os Exércitos devem comportar-se de forma racional e objetiva, com uma atitude de respeito mútuo, e fortalecer ainda mais o diálogo, gerir os riscos e promover a cooperação”, disse o general chinês durante a reunião virtual.

Li sublinhou que “os Estados Unidos devem respeitar os acordos já alcançados para não minarem a estabilidade no Estreito de Taiwan”.

“Os militares chineses salvaguardarão firmemente a sua soberania nacional e integridade territorial”, disse.

De acordo com o comunicado, os dois lados concordaram que é do seu interesse “evitar gerar conflitos e confrontos” e “manter a comunicação”.

O Exército chinês realizou vários exercícios nas águas “perto da região de Taiwan” nos últimos dias, informou hoje a imprensa local.

Segundo o coronel chinês Shi Yi, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, “os atos provocativos norte-americanos na questão de Taiwan são em vão e só conseguirão perturbar a paz e aumentar a tensão regional”.

“É por isso que as nossas tropas estão sempre em alerta e continuam a preparar-se e a treinar. Eles estão prontos a qualquer momento para salvaguardar a nossa segurança e soberania e impedir qualquer tentativa que leve à ‘independência de Taiwan’”, disse.

A China insiste em “reunificar” a República Popular com a ilha, que tem sido governada de forma autónoma desde que os nacionalistas do Kuomintang (KMT) fugiram para ali, em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.

Taiwan fez a transição para a democracia na década de 1990.

A ilha é uma das principais fontes de tensão entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan.