Segundo a agência da ONU, as autoridades ucranianas reportaram estragos nos laboratórios de análise de controlo de radiações e que instalações “foram destruídas e instrumentos analíticos foram roubados, danificados ou inutilizados de alguma maneira”.

Em comunicado, a Agência Internacional de Energia Atómica recorda que em março a Ucrânia tinha relatado que o laboratório central de análise da cidade de Chernobyl havia sido saqueado.

As tropas russas ocuparam durante cinco semanas a antiga central de Chernobyl, onde há cerca de 36 anos ocorreu o pior acidente nuclear.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.