Durante um seminário em Haia sobre o futuro da NATO, Stoltenberg explicou que “continuará a ser prestado um forte apoio político, prático e financeiro para ajudar a Ucrânia a construir as suas capacidades de defesa (…) e a defender o seu direito de legítima defesa”.

“Hoje enfrentamos o momento mais perigoso para a segurança europeia. O nosso parceiro altamente estimado, a Ucrânia, continua sob ameaça iminente da Rússia. Os aliados da NATO estão unidos, em total apoio à integridade territorial e soberania da Ucrânia, dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”, disse Stoltenberg.

O secretário-geral da Aliança avisou ainda que “o risco de conflito é real” e explicou que “Moscovo está a desafiar os princípios fundamentais da segurança, como o direito da NATO de proteger e defender os seus aliados e o direito de cada nação escolher o seu caminho”.

“(A Rússia) está a usar a força e a recorrer a ultimatos. Não apenas para redesenhar as fronteiras na Europa, mas para tentar reescrever toda a arquitetura de segurança global”, acrescentou Stoltenberg.

Para o líder da Aliança, a NATO e a União Europeia (UE) são “duas faces da mesma moeda, com papéis, limites e membros diferentes, mas que se complementam”.

Stoltenberg sublinhou que, “enquanto a UE está a tirar o máximo partido de toda a sua caixa de ferramentas relativamente à atual crise”, a NATO “aumentou significativamente a sua presença na região leste e está pronta para fazer ainda mais”.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que também participou no seminário em Haia, destacou que, “num movimento sem precedentes, a Rússia ameaça a guerra na fronteira oriental da Europa”, classificando esse gesto de uma “grave escalada e uma violação flagrante da soberania e integridade territorial da Ucrânia”, referindo-se ao reconhecimento por parte de Moscovo das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

“É sem dúvida uma ameaça à Ucrânia, mas também é uma ameaça à segurança europeia e internacional (…). Devemos ser claros: não há membros antigos e novos, ocidentais ou orientais, de primeira ou de segunda classe. Somos todos aliados da NATO”, concluiu o chefe de Governo dos Países Baixos.